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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 16 de novembro de 2014

A noite do boxe ruim

        Todos sabem como gosto das lutas de boxe, mas ontem foi ruim demais o que o SporTV nos mostrou. O boxe brasileiro está custando a se reerguer. Espetáculos pobres só prejudicam a imagem da modalidade.
         A falta de um cenário melhor e um apresentador fraquíssimo em cima do ringue tornaram o espetáculo ainda mais pobre. A revanche da luta entre o brasileiro Yamaguchi Falcão e o argentino Martin Rios foi um novo fiasco. Os dois haviam se enfrentado em janeiro e sido desclassificados. E ontem o que aconteceu não foi muito diferente.
         Na luta de oito assaltos, Yamaguchi ganhou por pontos  e o resultado não foi injusto, porque ele foi superior. Mas desferiu muitos golpes baixos, nivelando-se nesse aspecto ao argentino. Me convenci de que, apesar de ter sido medalhista olímpico (bronze em Londres 2012), Yamaguchi Falcão nunca será um grande boxeador profissional. Tem defeitos demais. Luta um boxe sujo, não tem pegada forte e, frequentemente, vira as costas para o adversário, a qualquer paralização. Qualquer dia vai levar uma porrada e só vai acordar depois da luta. 
           Ganhou ontem porque Martin Rios também é um pugilista fraco. É só valente. Não tem o nível dos grandes boxeadores argentinos. E nem experiência, tem apenas 22 anos.  Mesmo assim, lutou de igual para igual com Falcão. E ainda foi nitidamente "perseguido" pelo juiz de ringue.
           Em suma, me decepcionei mais uma vez com Yamaguchi Falcão. Nossos ex-campeões Popó e Miguel de Oliveira, que estiveram no Ginásio Municipal de Praia Grande (SP) e viram a luta, também devem ter voltado pra casa convencidos de que tão cedo não terão um bom sucessor.

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