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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ninguém quer se comprometer



        Antigamente era assim. No dia seguinte ao "debate", o povo discutia quem foi o melhor e quem esteve pior.  Hoje é diferente. Os candidatos ficam saltando de um lado para o outro e acabam não assumindo compromissos, como querem os eleitores. Nem aquelas "briguinhas" que sempre ocorriam, agora não existem mais. É só água com açúcar e muita vaselina !

        É claro que todos só falam em Dilma, Aécio e Marina, os candidatos mais cotados, mas quem mais se arriscou e me chamou a atenção, ontem na Band, foi o Pastor Everaldo (PSC), um político que eu praticamente não conhecia mais a fundo. Seu comportamento me surpreendeu. É um homem esperto, que sabe mexer nas feridas dos seus rivais. A promessa mais direta e interessante da noite foi a sua: "Quem ganhar até R$ 5 mil por mês terá que ser isento de imposto de renda."  Mas seu estilo "barraqueiro" certamente prejudica sua campanha.

          Dos outros candidatos  não se ouviu nenhuma novidade maior. A fuga do comprometimento torna quase todos eles iguais num encontro como este. Vejam o que achei da postura de cada um neste primeiro debate.

            Aécio Neves (PSDB) é certamente o candidato mais bem educado e mais político. Tem jeito de "rapaz de bem". Entretanto, deu para perceber que ele está muito pressionado pelos resultados das últimas pesquisas. Fiquei com a sensação de que Aécio já sentiu que dificilmente será presidente agora.  Talvez em 2018.

              Dilma Rousseff (PT), brigando sozinha contra o resto, começou o debate muito nervosa. Mas foi aos poucos se acalmando e conseguiu se sair bem em pelo menos 90% das respostas. É uma mulher madura. E tem postura física de uma presidente. É a que mais tem a perder nestes debates.

               Marina Silva (PSB) já "saiu atirando" contra Dilma. Ela ainda conserva aquele jeito de "principiante do PT", como foi no início de sua carreira política. Nunca vai se livrar disto. É como pobre que fica rico, mas mantem suas origens. Votei nela na eleição passada. Até hoje não consigo entender porque fiz isso. Parece que ela está sempre brava. Ontem, me passou a impressão de que "está se achando". 

                Eduardo Jorge (PV) de bobo não tem nada. Teve algumas "boas sacadas". E defendeu com unhas e dentes o direito de autoria do slogan "Mais Brasil e Menos Brasília", que ele garante ter criado já há algum tempo. Fez um bom debate.

                Levy Fidelix (PRTB) foi o que menos me agradou. Tenta se mostrar um homem experiente. Ficou claro que é um político agressivo.

                E Luciana Genro(PSOL) pelo menos "enfeitou" a mesa. Uma linda gaúcha, filha do ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Inteligente, raçuda, mas consciente de que não tem maiores chances nesta eleição.


       

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