
O gol de Schürrle abriu o caminho
Pode não ter sido o melhor jogo em termos técnicos. Mas em matéria de emoção não vi nada melhor do que este jogo em que a Alemanha venceu a Argélia, na prorrogação, por 2 a 1, se classificando para enfrentar a França nas quartas-de-final da Copa do Mundo. Foi mesmo de arrepiar.
Minha primeira alegria foi ter acertado na opinião emitida logo no começo deste Mundial, quando escrevi aqui no Blog que a Argélia era a melhor entre as equipes africanas. Me espanta ver o progresso que este país de apenas 52 anos de existência já alcançou no futebol.
Também me deixa satisfeito ver a Alemanha permanecer na competição. Convenhamos, uma Copa sem Itália, sem Inglaterra, sem Portugal, sem Uruguai e também sem os alemães estaria se transformando num torneio que jamais poderia ser chamado de "Copa das Copas".
Com esse gol, Özil garantiu a vitória germânica
Mas o que realmente me alegrou mais foi ver tanta emoção rolando no futebol, que sempre precisou dela para levantar a plateia de todos os cantos. Foi um jogão, mesmo com a inconteste superioridade germânica. Apesar disto o jogo esteve aberto em todos os cento e vinte e tantos minutos. Acabavam as reservas físicas, mas sobrevivia a garra, a vontade vencer, a hombridade. E renascia a coragem. Uma partida como está, só honra e dignifica ainda mais a história do futebol mundial.
Nos 90 minutos não tivemos gols, mas quantas emoções vivemos ? Os goleiros M'Bolhi (Argélia) e Neuer (Alemanha) trabalharam duro, fizeram grandes defesas e praticaram verdadeiros milagres. Especialmente o africano. Que goleiro notável é esse tal de Raïs M'Bolhi (foto). Os gaúchos que estiveram esta tarde no Beira-Rio mais se esquecerão deste negro alto, forte e ágil. Nem sei se temos um goleiro deste nível atuando no nosso Campeonato Brasileiro.
E até o Brasil esteve bem representado na partida, porque foi muito boa a atuação de Sandro Meira Ricci na arbitragem. Com elegância e absoluta concentração, ele se impôs dentro do campo. Arrisco a dizer que, se a Seleção brasileira não chegar à decisão desta Copa, Sandro terá grande chance de apitar a final.
Os gols de Schürrle e Özil para a Alemanha, e de Djabou para a Argélia foram todos marcados na prorrogação, o que comprova que a emoção esteve presente do primeiro ao último minuto desta inesquecível partida que, daqui a dez ou vinte anos, estará sendo mostrada pela televisão, como um dos grande momentos da história do Campeonato Mundial de Futebol.
O gol de Djabou premiou a bravura dos argelinos
Nenhum comentário:
Postar um comentário