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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

La mano del Diablo

         Aí está a diferença entre Maradona e Barcos. Don Dieguito usou "la mano de Dios" para marcar um gol contra a Inglaterra, na Copa de 86, garantindo a vitória dos argentinos, por 2 a 1. E Hernan Barcos, que também é argentino, pelo jeito usou "la mano del diablo", na derrota de 2 a 1 do Palmeiras para o Inter, criando esta baita confusão no Campeonato Brasileiro. Na verdade, os dois lances foram grotescos (vejam as fotos), mas Maradona é Maradona, enquanto Barcos é só Barcos.



  Agora, mais ridícula ainda é a tentativa do Palmeiras de querer anular a partida, alegando que até o delegado do jogo deu palpite, para que o gol fosse anulado.    Convenhamos, teria sido muito pior se o gol tivesse sido validado.  Foi uma jogada de voleibol, todo mundo viu. As arbitragens brasileiras seriam definitivamente desmoralizadas.

2 comentários:

  1. O Palmeiras não quer validar o gol, quer igualdade, veja na internet o gol validado do Adriano contra o proprio Palmeiras, que o safado do Paulo C. Oliveira confirmou, disse que a bola bateu na mão, e ainda foi elogiado pela parte podre da imprensa.
    Veja se o lance não foi igual.
    Lá não usaram a tv.
    Outra coisa, em jogo entre Ponte x Portuguesa, não televisão tem, como fazer então?

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  2. Permita discordar de você, Gaúcho. Ambos os toques de não foram, sim, semelhantes, mas os lances, de maneira geral, não. Maradona disputou a bola com o goleiro, num lance muito mais "limpo",visto que estavam apenas os dois na jogada. O de Barcos foi um lance mais "poluído". Apenas na foto que ilustra seu post é possível identificar OITO atletas no lance, o que certamente contribuiu para prejudicar a visão do árbitro. Portanto, o lance do qual Maradona participou foi muito mais fácil de ser visto e anulado - até porque ocorreu numa Copa do Mundo, onde, convenhamos, as atenções de todos e das próprias câmeras (mesmo em 1986) eram muito maiores. Também não acredito que a reivindicação do Palmeiras seja "ridícula". O árbitro anulou um gol que tinha sido validado. Lances irregulares - como o gol de mão de Adriano citado pelo anônimo de cima - acontecem aos montes pelos estádios afora. O Palmeiras fez um desses; daí, nada de gritantemente anormal. O que o Palmeiras reclama, com razão, é que uma interferência externa da arbitragem provocou a anulação do gol. Esse é o fato. Ainda que por vias tortas, posto se tratar de um lance finalizado com a mão de um atacante, isso jamais poderia ter acontecido, por determinação da própria FIFA. Ademais, há, ainda, a queixa (plausível) do Barcos de que fora empurrado pelo Índio, o que é possível compreender com a simples visão da fotografia. Desmoralização da arbitragem vai ocorrer a partir de agora. Você frequentou estádios a vida toda e sabe muito bem. O que vai ocorrer daqui para frente, em todos os jogos em que aconteça um lance minimamente duvidoso? Vão todos - técnico, comissão técnica, possivelmente até os jogadores - correr para o pessoal da imprensa para questionar a validade do dito lance. Ter recuado por interferência externa foi a verdadeira desmoralização da nossa arbitragem. Prepare-se para um festival patético de queixas à beira do campo de agora em diante. Todo mundo viu o "lance de voleibol"? Viu nada. Viu depois de ver as imagens aproximadas da TV. E não se esqueça que o gol de Maradona valeu - e muita gente gostou daquilo. E que ganhamos uma Copa do Mundo, a de 62, por conta de uma malandragem do Nilton Santos, que cometeu pênalti num jogo duríssimo e deu um jeito do juizão marcar falta fora da área. O Palmeiras, mais uma vez, está sendo ridicularizado pelo que não merece. Mas até aí já estamos calejados. Grande abraço.

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