No caminho errado

       Já estão se estendendo por rumos indesejados, as discussões sobre a reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde. Parece que os  responsáveis pela recuperação do espaço estão até gostando desta avalanche de palpites. Assim, a gente vai ficar discutindo meses a fio e isso é tudo que os governos desejam. É a desculpa ideal para se retardar uma obra.
       Se o governador Beto Richa já mostrou boa disposição de reconstruir o Ouro Verde, que isso seja feito sem tanta conversa. Quando se começa a realizar muita reunião, muita pesquisa, é quase certo que a coisa não vai para a frente.  Daqui a pouco vai ter gente querendo discutir que espetáculo será apresentado na reabertura, daqui a não sei quanto tempo.
        As ideías surgem em meio a esse desejo de reconstrução do teatro. Vejo no jornal de hoje, por exemplo, que os músicos estão se mobilizando porque querem uma sala exclusiva para a música. Muito justo. Entretanto,  esta reivindicação não deve ser vinculada à reconstrução do Ouro Verde, que tem que ser o que sempre foi: uma casa de cinema, teatro, música e show artísticos em geral. Uma casa de tudo o que é bom e o povo gosta.