O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o pagamento de auxílio-moradia e outros penduricalhos a magistrados compromete "terrivelmente a imagem do Judiciário".
"Temos de encontrar algum denominador comum quanto ao devido salário dos magistrados. É preciso que seja bem definido. O Supremo, que deveria ser o teto (salarial), se tornou o piso" — afirmou. Prestes a deixar a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar disse que o país vive "clima fascistoide".
Como o senhor vê o fato de juízes como Sergio Moro e Marcelo Bretas receberem auxílio-moradia?
"O auxílio-moradia é apenas a ponta do iceberg. Temos outros penduricalhos, como auxílio-creche, auxílio-livro. Os Estados que estão passando por crises pagam essas vantagens para juízes e promotores. Temos de encontrar um denominador comum quanto ao devido salário dos magistrados. É inegável que precisa ser uma carreira bem paga, mas é preciso que seja bem definido. E que se encerre com esse quadro que compromete terrivelmente a imagem do Judiciário."
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