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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

CARNAVAL 2018
Se dependesse de mim, venceria
a União da Ilha do Governador




                         A segunda noite dos desfiles das escolas cariocas foi muito boa. A Beija-Flor fechou o último dia de desfiles do Grupo Especial da Sapucaí, com um enredo sobre a corrupção. A escola levou para a Avenida carros que se transformaram, numa estética bem diferente da que o público já conhece. A Imperatriz Leopoldinense, penúltima escola a entrar na Avenida, falou sobre o Museu Nacional e o seu acervo. O desfile trouxe diversas surpresas.

                      Uma história incrível, daquelas que só a carnavalesca Rosa Magalhães poderia revelar em plena festa da Sapucaí: assim foi o enredo da Portela neste ano, que contou como judeus de Pernambuco, expulsos da região pelos portugueses no período colonial, ajudaram a fundar a cidade de Nova York. Inspirada no livro “Caminhos Cruzados”, do jornalista Paulo Carneiro, Rosa abriu seu desfile numa colorida Recife, para depois contar as dificuldades encontradas pelo grupo em fuga, de navio, até os atuais Estados Unidos.

                      O Salgueiro, a quarta escola que desfilou no segundo dia dos desfiles do grupo especial na Sapucaí, falou sobre as mulheres negras. Com enredo do carnavalesco Alex de Souza, que estreia na escola, ele falou sobre figuras históricas da África e do Brasil, e criou polêmica com a maquiagem dos integrantes da bateria e da Comissao de Frente.


                       A Unidos da Tijuca, primeira escola a desfilar na Sapucaí, fez uma homenagem ao ator e diretor Miguel Falabella (foto). Ritmistas vestidos de Caco Antibes, baianas fantasiadas de “As noivas de Copacabana” e alegoria com a teia de “O beijo da mulher aranha” tomaram a Sapucaí. O desfile começou pela infância do artista, quando ele ganhou um exemplar de “O pequeno príncipe” que o despertou para a carreira que seguiria na vida adulta.


                        Mas realmente quem me empolgou foi a performance da União da Ilha. Seu desfile deu água na boca do público na Sapucaí. Se eu fosse jurado, ela seria a minha escolha.  A escola contou na Avenida a história da culinária brasileira, misturando influências indígenas, portuguesas e africanas. No banquete insulano, teve coxinha, brigadeiro, tacacá, paçoca e, claro, feijoada. A escola brincou ainda com o olfato do público e exalou durante o desfile os aromas de café, abacaxi, melão, chocolate e limão. Mas segundo o carnavalesco Severo Luzardo, a garra do componente foi o principal ingrediente:  " Eu aposto na garra da Ilha. Tô tranquilo. A escola está linda. Volto no sábado, na festa dos vencedores."


                  E o público parece que concordou. Durante toda a passagem da agremiação o público cantou com força. O sucesso, no entanto, ficou por conta das paradonas feitas pela bateria do Mestre Ciça, que fizeram sucesso. À frente dos ritmistas estava Gracyanne Barbosa(foto), que voltou com tudo em cima para o cargo de rainha de bateria. Conhecida por sua disciplina na malhação, ela contou que se privou uma série de coisas, inclusive de sexo para desfilar mais concentrada.



                       

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