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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sábado, 9 de dezembro de 2017

O que os espiões do Grêmio
descobriram no jogo de hoje


                      O adversário do Grêmio na semifinal do Mundial de Clubes será o rico Pachuca, um clube cheio de investidores, afeito a compra e venda de jogadores à bordo de muitos milhões de dólares e que tenta se projetar como grande força do futebol mexicano, apesar de sua pequena torcida.

                         Mas, a julgar pelo que se viu hoje  no Estádio do Zayed Sports City, na vitória suada, feia, arrancada à fórceps na finaleira da prorrogação sobre os voluntariosos e ruins marroquinos do Wydad Casablanca, o Grêmio só não vai à final do dia 12 se tudo der totalmente errado. Enfrentará um inimigo que terminou a partida com a língua de fora, ainda por cima.

                         Será preciso o Pachuca jogar muito bem. E o Grêmio, muito mal.  É improvável  que isso aconteça, ainda que tudo possa acontecer em futebol.

                        O Wydad Casablanca é um time formado só por marroquinos, à exceção do lateral-esquerdo marfinês Comara. Isso já diz tudo. Sem a bola, organização defensiva. Na hora de atacar, velocidade. O problema, no caso do Wydad, sempre foi a bola. Muita transpiração, pouca inspiração.

                         Mesmo o assim, o Pachuca quase se atrapalhou. Só fez 1 a 0 na prorrogação e com o Wydad já com um jogador a menos, pois o capitão Nakach foi expulso a 29 minutos do segundo tempo. Bem, mas isso não interessa mais.   O que importa agora é saber com o que se preocupar no Pachuca, a julgar pela partida deste sábado aqui em Abu Dhabi.

                                       Os Pontos Fortes  do Pachuca
                        O jogador a ser marcado é Urretaviscaya (foto), o camisa 10. Ele não tem a grife do japonês Honda, mas é daqueles armadores que colam a bola no pé e sabem chegar à frente. Joga preferencialmente pela direita, aliás onde fez a jogada do gol salvador, um cruzamento estilo passe para Guzmán.
                                         O toque de bola é interessante, especialmente se Sanchez ficar no time. É um baixinho habilidoso, que empurrou Honda para um lado e Aguirre por outro, deixando o veloz Sagal (ou Jara, mais fixo) na frente. Os volantes também não são brucutus. Sabem jogar, ainda que sem a qualidade do estilo de troca curta de passes do Grêmio. As cobranças de falta não entraram. Mas elas são um perigo. Uma das armas do Pachuca, tanto com o japonês quanto Urretaviscaya.

                                     Os Pontos Fracos
                   Por mais que seja celebridade no clube pelo passado de glórias (saiu de campo cercado por três seguranças mexi anos), o goleiro Oscar Pérez tem 44 anos e 1m72cm, o que já diz tudo. Qualquer cruzamento é perigo de gol. E qualquer chute bem dado de fora da área igualmente. Não tem mais a mesma mobilidade.
                A zaga é lenta. Os zagueiros Murillo e Martinez explodem em câmara lenta e perdem na velocidade. O lateral-direito Herrera, a menos que tenha feito a pior partida da sua vida contra o Wydad, é horrível. Fernandinho pode se fartar.
            O Pachuca marca mal. Os meias não são solidários e abrem espaços no meio-campo. Honda não ajuda na recomposição, na condição de estrela. E Urretaviscaya não é exatamente operário na hora de recompor. Os atacantes, igualmente não trabalham muito sem a bola. Os volantes ficam sobrecarregados, e por ali Luan tem tudo para comandar a festa. O cansaço. Os mexicanos terminaram o jogo extenuados, com a língua de fora. A prorrogação os deixou cansados e levando contra-ataques mesmo com um jogador a mais durante uma hora. O Grêmio, ao contrário, está de tanque cheio.

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