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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MUNDIAL DE CLUBES
O Grêmio só ganhou na prorrogação !



                         Uma final de sonhos contra o Real Madrid  parece estar aguardando  pelo Grêmio na decisão do Mundial Interclubes dos Emirados Árabes. Nesta desta terça-feira,, em Al Ain, na semifinal, o time levou um tempo inteiro para superar a tensão, mas conseguiu se ajustar e derrotou o mexicano Pachuca por 1 a 0, com gol marcado por Everton, aos quatro minutos da prorrogação. Se o time de Renato Portalupi já fez sua parte, o Real Madri, campeão europeu, para chegar à final, marcada para sábado, dia 16, em Abu Dhabi, precisará eliminar o Al Jazira, nesta quarta-feira.
                           No primeiro tempo do jogo de hoje, dois fatores que já eram esperados se confirmaram. Um deles, a total falta de criatividade do Grêmio a partir da ausência de Arthur, lesionado. A tentativa de compensação veio com Luan, que precisou atuar de forma muito recuada para preparar as jogadas, e Ramiro, com a habitual movimentação. Mas isso não foi suficiente para resolver o problema. O segundo fator esperado foi o nervosismo gremista, por sofrer uma cobrança maior do que a feita sobre o Pachuca. Assim, o time correu muitos riscos no primeiro tempo e teve até bem menos posse de bola que o adversário.
                             A primeira conclusão a gol só veio aos 18 minutos. Depois de falta de González sobre Luan, Edilson bateu com muita força, bem perto do travessão. A segunda chance veio em um presente do goleiro Óscar Pérez, que bateu o tiro de meta direto no pé de Jailson, que serviu a Luan para uma conclusão errada.  Aliás, Luan teve apenas um instante de brilho no primeiro tempo. 


                              Cortez foi o jogador mais decisivo do Grêmio no primeiro tempo. Não fosse ele, o time poderia te sofrido dois gols em jogadas de Honda, que revezou-se com o uruguaio Urretaviscaya como criador do Pachuca. A 28 minutos, o meia japonês dominou a bola dentro da área e já preparava o arremate quando Cortez surgiu como último recurso e afastou o perigo. Aos 45, a jogada de Honda foi ainda mais ameaçadora. Ele partiu do lado direito do campo em velocidade rumo à área do Grêmio, deixou Geromel deitado e só não chutou, tendo somente Grohe pela frente, porque Cortez evitou novamente.  
                         O Grêmio voltou ainda mais desencontrado no segundo tempo. Desprotegido na frente da sua área, pela falta de ritmo de Michel, o time sofreu um forte assédio nos minutos iniciais. Renato, por isso, não demorou a mexer. Aos nove minutos, trocou Lucas Barrios, de atuação improdutiva, por Jael, na tentativa de causar algum incômodo aos defensores mexicanos. Mas, no mesmo instante em que a mudança era feita, o Pachuca quase marcou. Eram 10 minutos quando Jailson foi desarmado por Guzman, que avançou com liberdade e forçou Grohe a sua primeira grande defesa no jogo.
                        Aos 14', finalmente, um sinal de reação. Depois de Geromel evitar um ataque do Pachuca, a bola se ofereceu a Luan, que arrematou rasteiro e só não abriu o marcador pela boa defesa do goleiro mexicanos, de apenas de 1m72 de altura.
                      Com marcação mais ajustada, o Grêmio finalmente passou a se impor. Na frente, foi visível o acréscimo que a entrada de Jael significou para a equipe. Corpulento, ele virou opção para lances aéreos e também virou pivô para as passagens de Fernandinho. Aos 27, Renato ousou ao trocar um volante, Michel, por Everton, um atacante. E quase foi recompensado aos 29', outra vez em falta batida por Edilson, que atingiu a parte externa da rede, criando a sensação de gol. 
                         A oportunidade seguinte foi de Everton, que ainda driblou um marcador dentro da área, antes de chutar. O Pachuca, talvez sentindo os efeitos da prorrogação em seu jogo de estreia, já não corria tanto. Ainda assim, quase marcou no desvio de cabeça de Guzman, aos 35.
                  O jogo já se encaminhava para a prorrogação quando Luan teve a chance de mudar o destino. Depois de escanteio, Jael cabeceou para o lado e a bola bateu no corpo de Luan, que, bem próximo da meta, perdeu um inexplicável para um jogador do seu nível.  
                      A decisão, então, encaminhou-se para a prorrogação, período em que o Grêmio, ainda embalado pelo bom segundo tempo, seguiu pressionando, já com Léo Moura no lugar de Edilson. E o resultado logo veio. A cinco minutos, em jogada de alta técnica, Everton, que parece predestinado, entrou a dribles na área e venceu  Óscar Pérez com um potente chute por cobertura.
                              Quem sentiu saudade do qualificado toque de bola exibido pelo Grêmio na maior parte da temporada viu a espera terminar no segundo tempo da prorrogação. Muito por conta da destacada atuação de Léo Moura, que reorganizou o time. Everton, que já havia sido decisivo, virou um tormento para a defesa mexicana com seus dribles e arrancadas. E Luan passeou pelo gramado com sua técnica. O time ainda marcou outro gol, por Jael, anulado por impedimento. A torcida, agora, entra em contagem regressiva para o histórico 16 de dezembro, em que o caminho do Grêmio se cruza com o do galáctico Cristiano Ronaldo.


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