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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Ações na Justiça contra
 a novela "Rock Story"




          Irritados, moradores da cidade de Mesquita, no Rio de Janeiro, protestaram e foram à Justiça contra a novela das sete da Globo, “Rock Story”.

         Mesmo a trama da autora Maria Helena Nascimento sendo uma obra de ficção, os moradores da cidade da Baixada Fluminense estão chateados com as falas e o duro tratamento que Dona Néia, personagem de Ana Beatriz Nogueira, que teve um passado de pobreza na cidade, dá à personagem Stefany (Giovana Cordeiro), também nascida lá, e namorada de Léo Régis (Rafael Vitti), filho que a deixou milionária pela música. No folhetim, Néia usa termos considerados preconceituosos e depreciativos em relação aos moradores, classificados por ela como “aquele povinho da Baixada”.

     Segundo informações do jornal O Dia, seis representações pedindo indenização e retratação da Globo já estão em tramitação na Promotoria de Tutela Coletiva do Ministério Público do Rio de Janeiro. Além disso, vereadores do município preparam uma carta de repúdio à emissora, na qual também exigirão “retratação perante ao povo”, endossada por instituições de proteção feminina.
              Vereador da cidade fluminense, Marcelo Biriba (PRB) declarou que o assunto já foi debatido com os parlamentares. “Rock Story está desmoralizando a cidade, passando péssima imagem nossa para o país. Exigimos respeito e pedido de desculpas”.
                Já o morador Alan Mendes lembra que no capítulo da última quinta-feira, Manu, personagem vivida por Antônia Morais, diz que Stefany (a moça que mora em Mesquita) “tem cara e jeito de garota de programa”. Em outros capítulos da novela das sete, a moradora de Mesquita é chamada de “corrimão, aquela que todo mundo põe a mão”, e “virose, que todo mundo pega”.
                 “No meu entender, isso é uma afronta indireta às mesquitenses”- disse Alan. “Infelizmente, quando dizemos ser de Mesquita em outras cidades, em hotéis, por exemplo, há sempre uma piadinha lembrando como o município é difamado na novela. Me sinto envergonhada”, desabafou a moradora Adriana Cosme.
                 Por meio de nota, o prefeito de Mesquita, Jorge Miranda (PSDB), disse que lamenta que alguns telespectadores estejam se sentindo ofendidos. Ele disse não ver polêmica, “pois se trata de uma obra de ficção”.
                 Ainda de acordo com a publicação, a Globo, por meio de nota, garante que “não há qualquer intenção em ofender Mesquita ou seus moradores”, alegando que Néia, por ter tido um passado de dificuldades em Mesquita, onde criou dois filhos sozinha, como gari, não gosta de ter lembranças da cidade. “Em contrapartida, o local é exaltado o tempo todo por Léo. Lá (Mesquita) é o único lugar em que ele é feliz de verdade: joga futebol, tem amigos e reencontrou Stefany, por quem é apaixonado”-  diz o texto da emissora.
                             Essa, no entanto, não é a primeira vez que uma novela da Globo irrita moradores por causa de “ofensas” feitas por personagens de novelas. Em 2014, por exemplo, a novela das nove “Império” foi criticada por moradores de São Fidélis (RJ) por causa dos comentários da aproveitadora Magnólia (Zezé Polessa) sobre a cidade onde morava e sentia pavor. Outro caso, na mesmo trama, foi o de Maria Marta, personagem de Lilia Cabral, que despertou a fúria dos habitantes do estado de Roraima   por desprezar o Monte Roraima.

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