De governador a preso comum
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso ontem pela Polícia Federal, teve a cabeça raspada após chegar ao complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Ele chegou ao local com uma camisa social azul clara, mas teve que trocar a roupa por uma calça jeans e camiseta branca, igual a de outros presos da unidade.
O ex-governador passou a noite em uma cela de nove metros quadrados e aceitou o café da manhã da unidade: um pão com manteiga e café com leite, mesmo cardápio dos outros detentos.
No almoço e no jantar, o cardápio é composto por arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. Já o lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo.
Cabral foi preso por suspeita de desvios em obras do governo estadual feitas com recursos federais.
De acordo com a denúncia, ele recebia "mesadas" entre R$ 200 mil e R$ 500 mil de empreiteiras, segundo procuradores das forças-tarefa da Lava Jato do Rio e no Paraná.
Além do ex-governador, outras nove pessoas foram presas na Operação Calicute – um desdobramento da Lava Jato. O prejuízo é estimado em mais de R$ 220 milhões. As principais obras fraudadas foram o Arco Metropolitano, a reforma do Maracanã e o PAC das Favelas.
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