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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

                                              S   A   B   I   Á
                                        "Pássaro Símbolo do Brasil"
                                         
 

                          Nosso "convidado" de hoje é um bicho muito especial. Por  Decreto Federal sacramentado no dia 3 de outubro de 2002, assinado pelo então presidente  da República Fernando Henrique Cardoso, o SABIÁ (Turdus Rufiventris) ficou oficializado como "Ave Nacional do Brasil", ou seja, nosso "Pássaro Símbolo".
                           E com justificadas razões. A origem é europeia, mas especialmente o chamado "sabiá-laranjeira" é uma ave surgida no Brasil, onde vive do Maranhão ao Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Existem sabiás praticamente em todo o País. Até dentro de cidades como o Rio de Janeiro, quando há alguma arborização.


                        Não é à toa que o SABIÁ está presente na nossa poesia e nas nossas canções, desde a Canção do Exílio, escrita por Gonçalves Dias, que começava assim: "Minha terra tem palmeiras / Onde canta o Sabiá / As aves que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá ..."
                         E muito depois, em 1968, Chico Buarque escreveu com Tom Jobim uma canção que homenageou a fêmea do Sabiá:  "Vou voltar /  Sei que ainda vou voltar /  Para o meu lugar /  Foi lá e ainda é lá / Que eu hei de ouvir cantar / Uma sabiá / Cantar uma Sabiá..."
                         E eu me criei ouvindo Carmélia Alves cantar um baião de Hervê Cordovil e Mário Vieira que dizia: "Sabiá lá na gaiola  /  Fez um buraquinho / Voou, voou, voou, voou /  E a menina que gostava /  Tanto do bichinho / Chorou, chorou, chorou, chorou..."

                         Um sabiá mede de 23 a 25 centímetros, tem o bico reto de cor amarelo-oliva, as patas cinza, o olho negro circundado finamente de amarelo.  A penugem do dorso é de um tom marrom-acinzentado. A garganta é esbranquiçada rajada de marrom e o peito é cinza-pardo, que vai mudando para um alaranjado opaco no ventre.  O Sabiá é mesmo um lindo pássaro.
 

     O canto do sabiá é um dos mais bonitos que se conhece, mas varia de mata pra mata ou de indivíduo para indivíduo, podendo haver milhares de tipos de cantos diferentes.
       Sua voz é flauteada, nem muito alta nem muito baixa,  repetindo o canto pelo menos por duas ou três vezes. A frase principal tem de 10 a 15 notas e ele é capaz de imitar outros pássaros, como o curiango e o joão-de-barro.
        É lindo ver um sabiá cantando para atrair a fêmea e demarcar seu território, todo empinadinho,  como se vê na foto abaixo.

                             
 
Originalmente, o sabiá habita florestas abertas e beiras de campo, desde que exista água por perto.  O ninho é feito entre setembro e janeiro. Cada fêmea choca três vezes por ano, podendo gerar até seis filhotes por temporada.
A fêmea põe 3 ou 4 ovos verde-azulados, e os filhotes nascem após 13 dias de choco, passando a ser tratados por ambos os pais. Em três semanas, eles estão prontos para deixar o ninho.
 


O Sabiá se alimenta basicamente de larvas, minhocas e frutas maduras, podendo se tornar um predador importante de sapos e rãs, que deixam a fase de girinos.
O SABIÁ-LARANJEIRA PODE VIVER DEZ ANOS NA NATUREZA !


                          





 
 
 

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