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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sábado, 1 de agosto de 2015

    Quando eu cheguei a Londrina, em 1964, ele era o grande nome da boemia londrinense. Embora fosse um cantor de renome nacional, andava sempre por aqui, por conta de um romance que mantinha com a proprietária de uma famosa casa noturna da cidade. Seu nome está na nossa história boêmia 

                               r o b e r t o      l u n a


                       

                                                          ROBERTO LUNA, cujo nome verdadeiro é Valdemar Farias, é um cantor e compositor brasileiro, um paraibano nascido na cidade de Serraria, em 1929. Mas acredite, aos 85 anos ele ainda canta. Em maio último, concedeu entrevista a Folha de São Paulo, contando detalhes da sua vida e confessando: "Bebi tudo. E amei demais".
                                                         Até recentemente, Luna era a grande atração de um restaurante do bairro de Santana, em São Paulo. Aliás, há quatro anos ele vem sendo o maior cartaz da casa ("Quintal Brasil"), nas noites de quinta-feira, como vemos na foto abaixo.  E lá ele canta canções de grandes compositores, inclusive Lupicínio Rodrigues, como "ELA DISSE-ME ASSIM", que está no vídeo desta postagem.


                       Roberto Luna fez os cursos primário e secundário em Campina Grande, ainda na Paraíba. E em 1945, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como caixa de uma companhia imobiliária e como auxiliar de escritório.
                       Estreou na carreira artística estudando e trabalhando no teatro de revista, com o ator Ziembinsky. E já no final da década de 40 estava atuando como crooner nas boates cariocas. Sua estréia no rádio ocorreu em 1951, no programa "Transatlântico Guanabara", da rádio Guanabara. E depois trabalhou também na rádio Globo.  Seu nome artístico foi escolhido pelo locutor Afrânio Rodrigues.





                         O primeiro disco veio 1952,  já "estourando" com o bolero "Por Quanto Tempo", de Marino Pinto e Don Al Bibi, e o samba-canção "Linda", composição de Erasmo Silva e Ruy Rey. E aí os sucessos começaram a vir, um atrás do outro: "Pode Voltar",  "Minha casa é meu chapéu",  "Hás de lembrar",  "Contigo", "Você",  "Roga por nós", "Folhas soltas",  "Falsas palavras",  "O pior dos homens" e uma infinidade de canções bonitas.
                          Roberto Luna sempre cantou de tudo. Minha preferência é por sua interpretação no samba-canção, no bolero e no tango. Pra mim, é o seu forte. Ele sempre foi um romântico, inclusive na vida particular.  Luna foi um grande "pegador".  Houve até um episódio dramático, quando ele escapou de levar um tiro do Nelson Gonçalves, porque "avançou" numa namoradinha do colega. Ele "pegava" mesmo.



                 Roberto Luna gravou mais de 60 LPs, entre 1952 e 1997.  Ganhou inúmeros prêmios importantes. A canção que mais eu gostava de ouví-lo cantar era "Meus tempos de criança", escrita por Ataulfo Alves: "Que saudade da professorinha / Que me ensinou o beabá / Onde andará Mariazinha ? / Meu primeiro amor onde andará...." 
                 Seu repertório foi todo relançado pela RGE em CDs, o que possibilita aos interessados conhecer o talento deste boêmio romântico inesquecível.


                        




                                     

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