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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

    Depois de alguns dias, nosso espaço musical volta hoje com um dos artistas mais discretos que conheço. Especialmente entre os sambistas. A elegância é outra marca forte deste carioca de Botafogo, que é respeitado pelo Brasil inteiro.
      
               p a u l i n h o     d a     v i o l a

                    


                    A maioria dos grandes sambistas é Flamengo. Mas PAULINHO DA VIOLA é diferente mesmo, torce para o Vasco da Gama. Me apaixonei pelo seu jeito de cantar desde que ouvi pela primeira vez. E foi por volta de 1970, quando ele lançou esse samba que aparece no vídeo, "FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA", uma verdadeira declaração de amor que Paulinho fez à sua Portela. Uma harmonia maravilhosa, conduzindo uma letra que entre outras coisas diz: "Quando vi você passar / Senti meu coração apressado / Todo o meu corpo tomado / Minha alegria voltar..."

                      Paulo César Batista de Faria tem 72 anos e canta samba e choro desde 1965, além de tocar habilmente violão e cavaquinho. Mas já nasceu no meio, filho do violonista Benedicto Cesar Ramos de Faria, que foi integrante da primeira formação do grupo de choro "Época de Ouro".  E Paulinho, nascido em Botafogo, desde pequeno gostava de ouvir choros e sambas.  Mas, para completar, ainda teve a chance de conviver com os grandes chorões da época, com Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Dilermando Reis.

                  Engraçado é que o velho Benedicto  não queria que seu filho fosse músico. Mas acabou sendo convencido e lhe deu um violão de presente. Foi o suficiente. Paulinho aprendeu a tocar sozinho, aos 15 anos, aperfeiçoando-se depois através do método de Matteo Carcassi. E o envolvimento com o carnaval veio junto, pois logo passou a organizar blocos carnavalescos. E não demorou muito para ingressar na ala de compositores da Escola de Samba União de Jacarepaguá. Lá conheceu outros sambistas importantes, como Catoni e Jorge Mexeu.



                    Mas antes de iniciar a carreira profissional na música, Paulinho da Viola ainda trabalhou como contador de uma agência bancária carioca. Porém seguiu tocando e, depois de fazer alguns shows com Zé Ketti e Ciro Monteiro, acabou se convencendo de que o seu negócio era realmente a música.
                     Já integrado à Portela,  Paulinho iniciou carreira em 1965, pela Musidisc.


                     Ao longo dos anos 70, nosso sambista gravou em média um disco por ano, com um sucesso atrás do outros. E fez shows por todo o Brasil e por vários outros países.  Na década de 80, seguiu brilhando, mas o reconhecimento maior parece ter chegado nos anos 90.
                    "Coisas do Mundo Minha Nega", "Sinal Fechado" e "Foi um Rio que Passou em Minha Vida" são as minhas três preferidas do repertório de Paulinho da Viola que, entretanto, tem outras duzentas canções maravilhosas.  Vale a pena conhecer todos os seus discos.

       E podem se preparar, porque a história musical desta família não vai terminar com Paulinho da Viola. Sua filha Beatriz Rabello (foto abaixo), de 33 anos, estudou música desde os sete, e já está brilhando como pianista e cantora, além de jornalista. Ela é um dos destaques do musical "SamBra", ao lado de Diogo Nogueira e outros artistas conhecidos.







                   

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