Londrina tem boas cantores na sua movimentada noite. A cada dia conheço uma nova intérprete londrinense de qualidade. São várias, mas acho que a melhor do grupo é esta gracinha de 28 anos, que merecia muito mais no The Voice Brasil 2014. E que vai acabar fazendo sucesso nacional.
C A R L A C A S A R I M
Bairrismo à parte, acho que a Globo desperdiçou a grande chance de revelar uma cantora realmente sensacional. Anotem isto: CARLA CASARIM ainda será uma estrela nacional. Aliás, a princípio não entendi porque Carla não participou do programa The Voice Brasil cantando samba, como faz habitualmente nos seus shows, aqui em Londrina e onde mais se apresenta, especialmente em São Paulo, onde está fixada. Mas ela explica que "o samba tem pouca visibilidade na mídia e outros sambistas novos se escondem na hora de mostrar seu potencial em eventos deste nível".
Escolhi o vídeo acima, gravado com seu grupo "Estação Derradeira" na Record News, justamente para que todos possam sentir o grande potencial de sambista que Carla Casarim tem. A facilidade com que ela solta a voz é impressionante. O filme nos oferece também a chance de ver o desembaraço dela na conversa com o apresentador. E ela canta três sambas sensacionais, de Chico Buarque, Nelson Cavaquinho/Guilherme Brito e Assis Valente.
Carla nasceu em Londrina e tem 28 anos. Foi uma menina bem criada, que chegou a ganhar um concurso de "Miss Brasil Infantil". E a música chegou cedo pra ela. Desde os oito já cantava no coral da escola, para onde foi leva pelo incentivo da mãe, que também bancou suas aulas de canto, decisivas para a sua evolução. Na verdade, ela só está honrando uma tradição de família. Seus avós e seus tios são cantores, "todo mundo é superenvolvido com música" - conta Carla que, aos 17 anos, começou a cursar Licenciatura em Música e a cantar numa banda de pop rock. Foi na faculdade que Carla se identificou definitivamente com o samba e a MPB, seus estilos musicais preferidos.
Mas Carla não parou por aí. Para buscar maior aperfeiçoamento, ela foi para os Estados Unidos, onde passou por experiências interessantes, participando inclusive de um projeto de música brasileira com músicos americanos. "Me indicaram uma banda americana e deu super certo" - explica Carlos. Ela até recebeu convite para ficar por lá, mas preferiu voltar para o Brasil.
No retorno, optou por morar em São Paulo, mas encontrou dificuldades iniciais, segundo ela "porque eu não conhecia ninguém por lá, e tive que trabalhar numa lojas de roupas para sobreviver. Mas foi para os barzinhos, deu "canja" e começou a fazer eventos. O começo foi mesmo difícil.
A chegada do The Voice Brasil foi a grande chance para ficar mais conhecida. Foi muito bem nas duas primeiras etapas, mas na terceira etapa acabou eliminada por uma decisão do jurado Daniel, que optou por outro intérprete. Mas aí já era mais conhecida e tem conseguido realizar muitos shows e cantar inclusive com artistas conhecidos, como Paula Lima e Simoninha. Sua carreira parece estar bem encaminhada. Esta semana, por exemplo, ela está contratada para um grande evento em Londrina.
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