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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Yamaguchi vence, mas não empolga


          O boxe brasileiro está custando a empolgar os adeptos da modalidade.  Quando há pouco tempo, alguns dos nossos pugilistas foram contratados pela Golden Boy, empresa pertencente ao ex-campeão Oscar de la Hoya, acreditei que as coisas fossem se encaminhar mais rapidamente. Mas acho que a evolução continua lenta.  No ultimo sábado, tivemos um desafio Brasil x Argentina, na Arena Santos.  Cerca de duas mil pessoas compareceram, numa demonstração que existe o interesse popular pelo boxe.  Também houve razoável organização, inclusive no que se refere ao cumprimento dos horários estipulados. Enfim,  foi uma boa promoção. Mas o aspecto técnico mais uma vez não convenceu.


           O principal nome do momento no Brasil, o medalhista olímpico Yamaguchi Falcão, confirmou seu favoritismo e derrotou por decisão unânime dos jurados o argentino José "Puro" Paz, pela categoria super-médios, num combate de 10 rounds. O resultado foi justo, Yamaguchi foi mesmo superior, mesmo porque era bem maior e mais forte que o seu adversário. Até duvido que a pesagem oficial tenha colocado os dois na mesma categoria.
            Yamaguchi completou 15 vitórias no profissionalismo e continua invicto. Desta vez, veio ainda mais forte fisicamente. Lutou com agressividade, mas desperdiçou muitos golpes e deixou a impressão de que não está se cuidando fisicamente, fora do ringue. Mais uma vez, mostrou cansaço a partir da metade da luta, permitindo que, apesar de ser bem menor, o argentino levasse vantagem em alguns assaltos.  Um boxeador que fala em ser campeão do mundo tem que se preparar melhor, fisicamente.

              Everton Lopes, o outro brasileiro que luta sob contrato com a Golden Boy, não mostrou nada de animador. Numa luta pela categoria dos leves, ele venceu também por pontos o argentino Marcelo Mesa.  Porém falta muita coisa para Everton triunfar no boxe.
              A falta de sequência e o desequilíbrio constante em cima do ringue foram seus maiores defeitos. A gente tem a impressão de que ele vai cair a toda hora, porque  perde o equilíbrio toda a vez que erra os golpes.  Como predicados, chama a atenção a sua boa altura, bem como os bons diretos que consegue soltar.  Porém, só colocar um calção  bonito com as cores do Brasil não basta, para levar nosso País lá pra cima no boxe.


    A programação de sábado mostrou ainda um sobrinho do ex-campeão Popó Freitas, o peso leve Vitor Freitas, que só derrotou o veterano Sidney Siqueira por pontos porque os jurados "ajudaram".  Popó estava no corner de Vitor, mas deve ter ido pra casa desapontado com a atuação do sobrinho.

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