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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

     Por mais incrível que possa parecer,  o fato de ser irmã de Chico Buarque e mais tarde esposa de João Gilberto só atrapalhou a carreira dela, que tinha talento suficiente para se impor sozinha. Independente disto, que  ela merecia um reconhecimento muito maior.
 
                                                    M  I  Ú  C  H  A


                       

                                  Lendo a sua biografia, a gente imediatamente pensa que MIÚCHA já nasceu com a "vida feita".  Filha do historiador e jornalista Sérgio Buarque de Holanda e da pintora e pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Irmã do grande Chico Buarque de Hollanda, cantor e compositor, um dos "monstros sagrados" da música brasileira.  E, pra completar, suas irmãs Ana de Hollanda e Cristina Buarque também são cantoras.  Parece que ela nasceu mesmo num viveiro de pássaros cantores.




                                   Mas Miúcha (Heloísa Maria Buarque de Hollanda) teve que ir atrás do seu espaço desde pequena. Com apenas 8 anos, quando sua família havia se mudado para São Paulo, ela formou um conjunto vocal com seus irmãos, incluindo Chico.

     


                            Entretanto, em 1960, com 22 anos, Miúcha foi embora para Paris. Foi para estudar "História da Arte".  Numa viagem de férias, viajou pela Grécia e Itália. E em Roma, no bar La Candelária,  ela conheceu a cantora chilena Violeta Parra, que foi a responsável pela apresentação de Miúcha ao cantor baiano João Gilberto, com quem ela acabou se casando.
                            Não foi um casamento duradouro, mas dele nasceu uma menina que acabou mais tarde se tornando, outra cantora desta família musical : Bebel Gilberto.





                        





    Na carreira musical, Miúcha começou a aparecer em 1975, quando já estava com 38 anos. Fez sua primeira gravação como cantora no disco The Best of Two Worlds de parceria de João Gilberto e Stan Getz.  E aí, Miúcha tornou-se parceira de Tom Jobim em dois discos e fez parte do espetáculo montado por Aloysio de Oliveira, cantando ao lado de Tom, Vinicius e Toquinho. O show ficou um ano em cartas no Canecão, viajou pela América e pela Europa e acabou virando uma gravação do quarteto ao vivo, em 1977.




                             Miúcha fez sucesso com várias músicas, geralmente assinadas por Chico, Tom, Vinicius, Carlos Lyra, Baden Powell e por ela mesmo.  Minhas canções preferidas na voz de Miúcha são:  "Pra que chorar",  "Aquela Rosa Amarela",  "Pela luz dos olhos teus ",  "Sei lá (A vida tem sempre razão)" , "Ai, quem me dera" e "O QUE SERÁ", que está no vídeo de abertura desta postagem. numa gravação feita na Itália em 1978, em que Miúcha é acompanhada pelo violão do então jovem Toquinho.

           " O  QUE SERÁ QUE ME DÁ / QUE ME QUEIMA POR DENTRO, SERÁ QUE ME DÁ / QUE ME PERTURBA O SONO, SERÁ QUE ME DÁ..."

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