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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Está na hora de repensar o GP do Japão

          Com um domingo diferente no Brasil, em função das eleições, o GP do Japão passou despercebido por muita gente. Também o fato da corrida  ter sido disputada quando por aqui ainda era madrugada,  fez com que pouca gente acompanhasse a prova. Melhor assim, porque o que se viu em Suzuka foi uma sucessão de absurdos, culminando com um gravíssimo acidente que deixou o jovem piloto francês Jules Bianchi (da Marussia) a beira da morte. Neste momento ele ainda está vivo, e Deus permita que siga assim, mas a situação é dramática.
            A corrida foi encerrada com 44 das 53 voltas programadas, por causa do acidente. A visibilidade era mínima, quando o carro de Bianchi chocou-se contra um trator (é isso mesmo), que estava na pista para retirar outro carro que havia se acidentado, a Sauber de Adrian Sutil. As imagens do choque são fortes demais. A gente se arrepia vendo aquilo. E a foto acima mostra bem onde ficou enfiado o carro do piloto francês, sob o trator.  Na verdade, ele não morreu na hora por milagre.
           Com a interrupção que se tornou definitiva, a vitória foi dada a Lewis Hamilton, com Rosberg em segundo e Vettel em terceiro.  Felipe Massa ficou em sétimo lugar.  Mas o resultado técnico pouco interessa agora. Vejam o desânimo dos "vencedores" no podium. O que é preciso é que se faça alguma coisa para evitar novas tragédias como esta de ontem.
           Além do perigo natural que as corridas de carro já oferecem, ainda são aceitas algumas outras circunstâncias que contribuem para que acidentes graves aconteçam. Durante toda a semana se falou na possibilidade de um tufão no Japão, na hora do GP.  Ou pelo menos de um tempo muito ruim.
          Não sei porque tem que se realizar uma porcaria duma corrida de carros em situação tão adversa.  Choveu o dia inteiro em Suzuka. Havia verdadeiros rios na pista e ninguém enxergava nada. O mexicano Sergio Perez até aquaplanou e foi parar com sua Force India lá fora da pista. Mas a direção da prova conversou com os pilotos e autorizou a prova. Deu no que deu.
           Sabemos que no Japão os problemas climáticos são frequentes. São terremotos, vendavais, tufões, tsunamis e tragédias de todo o tipo.  Então é preciso pensar bem, se é mesmo um bom negócio programar  Fórmula 1 pra lá.  E não adianta reclamar, porque os países têm que oferecer condições plenas para a prática de um esporte. Se não dá pra garantir, então que se elimine o Japão da Fórmula 1. Outros países já deixaram de realizar suas provas, por causa de problemas políticos, sociais, etc.  Porque temos que arriscar a vida de pessoas num país sujeito a intempéries perigosas ?

            Não temos não provas de patinação no gelo no Brasil, porque aqui não tem neve.  Se no Japão não há segurança climática, que não se faça corridas de carros por lá.

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