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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 13 de julho de 2014

            ALEMANHA, NUMA FINAL DIGNA

    Não temos grandes comemorações, a paixão latina está apagada. A vitória é dos europeus que, pela primeira vez, ganham uma Copa do Mundo de Futebol em território sul-americano. É claro que não estou feliz com o resultado, mas não há como contestar. A Alemanha é a legítima campeã mundial.  Pela quarta vez, assume a condição de melhor futebol do mundo. O resto é choro de perdedor.
          Pelo menos tivemos uma final digna, equilibrada e bem disputada. Os argentinos não foram humilhados como nós. Lutaram o jogo inteiro e estiveram perto de ganhar. Entretanto, acabou prevalecendo a competência. Os germânicos são muito bons nisso, todos sabemos.  Nem sempre ganham, mas sempre são competentes.

        A final desta tarde no Maracanã cheio foi de ótima qualidade. Talvez não tenha chegado ao nível de emoção que os brasileiros desejavam, mas foi uma grande decisão. E neste aspecto foi bom que tivesse saído o gol do alemãozinho Mário Götze, vindo do banco de reservas para decidir a Copa. São os estranhos caminhos do futebol.  O que não seria justo é que uma Copa tão boa, de tantos gols, fosse decidida nos pênaltis. Tínhamos que ter um gol com bola rolando, e o que decidiu o jogo (foto) e o Mundial foi mesmo um golaço.
       

        Esta final serviu também para nos mostrar o terreno perdido nos últimos anos. Enquanto ficamos crucificando árbitros para justificar a falta de profissionalismo da maioria dos nossos jogadores, os alemães, os holandeses e pessoas de outros países vão somando estudos e conhecimentos que só podem melhorar seu comportamento dentro dos gramados.
         Tivemos uma decisão marcada sobretudo pelo equilíbrio emocional e técnico dos participantes. Durante 120 minutos o que se viu foi a Alemanha seguindo o seu estilo e as suas convicções, e a Argentina mostrando uma evolução profissional e tática muitos furos acima da nossa. Um jogo deste nível só poderia mesmo ser decidido num lance isolado. No único momento em que a zaga argentina (Garay e Demichelis) descuidou da marcação, Götze apareceu sozinho para vencer o grande goleiro Romero.
         
         Como consequência, os germânicos voltam pra casa com mais uma estrela na camisa e com ânimo dobrado para continuar realizando esse trabalho notável que fazendo, inclusive com notória renovação de valores individuais. E eles passarão a ter uma motivação a mais, pois encostaram no Brasil no que se refere ao número de Copas conquistadas.
          Por seu turno, os argentinos retornam pra casa de cabeça erguida, convencidos de que estão no caminho certo e na liderança incontestável do futebol da América do Sul. Não é a toa que praticamente todos os grandes clubes do Brasil contratam constantemente jogadores argentinos, enquanto não se vê nossos pseudo-craques atuando nos maiores clubes de lá. Hoje, eles saíram do Maracanã aplaudidos, bem ao contrário dos brasileiros, que ontem deixaram Brasília sob uma das maiores vaias da história.
    
  CHEGA DE INVENTAR DESCULPAS PARA  NOSSOS     FALSOS CRAQUES. CHEGOU A HORA DE COBRÁ-LOS

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