Enquanto um bando de marginais quebra e saqueia, estragando o protesto que ingênuos brasileiros tentam realizar com o sonho de mudar o País, mais de dois milhões de peregrinos de todo o mundo tomam conta das ruas e das praias do Rio de Janeiro, na mais legítima manifestação que se pode imaginar.
Eles não quebram nada, não roubam lojas, nem saqueiam mercados. Eles conversam com Deus e com seu representante aqui na Terra, o Papa Francisco. Cantam, rezam e também denunciam o que está errado no Brasil e em todos os países, mas sem qualquer violência. Nesta manifestação não há lugar para bandidos mascarados que chegam com paus, coquetéis molotov e os mais variados tipos de armas caseiras. A arma na Jornada Mundial da Juventude é o terço, a Bíblia e a imagem de Cristo.
E que não se pense que os jovens que estão espalhados pelo Rio são uns alienados. Nada disso, eles se abraçam, se beijam e se amam como qualquer outro jovem da idade deles. Mas tudo de uma maneira equilibrada e cristã. A alegria que eles mostram no rosto é uma atestado de que eles são felizes. Comemoram o tempo todo, durante a caminhada diária que estão fazendo, da Central do Brasil à Praia de Copacabana. São 9,5 quilometros que eles enfrentam cantando e rezando o terço.
O que está acontecendo no Rio de Janeiro é recorde nacional. Nunca um evento realizado no Brasil reuniu tanta gente. Nem mesmo o reveillon atraiu 2,5 milhões de pessoas à Copacabana. Esta gente está movimentando nada menos do que um bilhão e duzentos milhões de reais nesta Jornada Mundial.
É este tipo de manifestação que eu queria ver os brasileiros fazendo, na luta para acabar com a corrupção. Vejo com muita simpatia a ação dos jovens que protestam e cobram os seus direitos. Só não posso aceitar é que eles mantenham uma convivência com os marginais que estão depredando tudo nas nossas cidades. Isso acaba com a legitimidade de qualquer manifestação.
O que eu espero é que os jovens que estão realmente bem intencionados aprendam com os peregrinos que aí estão como se faz uma manifestação verdadeira. E que nossas autoridades se convençam de que é possível reunir dois milhões e meio de pessoas sem qualquer ato de violência. Basta impedir que marginais estraguem a bem intencionada ação dos que só querem o bem do Brasil.
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