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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Esporte com cara de Carnaval

       Cada vez sinto mais saudade do tempo em que a Corrida de São Silvestre era disputada à noite, pelas ruas centrais de São Paulo. Era impossível a gente não se emocionar. Os atletas corriam para alcançar o Ano Novo. A corrida tinha um significado especial. E era uma prova séria. Só participavam os que realmente gostavam do esporte. Acho que era um dos mais importantes eventos esportivos que se realizavam no Brasil.
       Como em tudo que a Globo põe a mão, a SS foi se desvirtuando e virou isso aí que assistimos hoje pela televisão. Um grande número de participantes, mas pouca gente assistindo, muito colorido, e uma festa que não teve nada a ver com o verdadeiro esporte. Estava mais para circo e especialmente para carnaval.


        Acho muito bom que os atletas de todos os cantos do Brasil vão a São Paulo e participem da corrida. Mas com seriedade, agindo como atletas e não como palhaços de circo ou carnavalescos. Aliás, os paulistanos são engraçados. No Carnaval, quando deveriam se fantasiar e cair na folia, eles ficam em casa vendo TV ou vão para a praia. E na hora de uma competição séria como a São Silvestre lá estão eles vestidos de Super-homem, Hulk, Mulher Maravilha, Barack Obama e tudo mais o que se possa imaginar. E ainda atrapalhando os que estavam lá para correr.  Isso não é esporte.
         Para completar a decepção do público sério, o Brasil ainda esteve muito mal representado na prova desta manhã. Ninguém aguenta mais ver os africanos dominando a SS. Pior ainda foi ver quenianos representando o Cruzeiro de Belo Horizonte, que no passado já teve campeões da prova formados no próprio clube. No final, apenas um brasileiro (quarto colocado) no podium masculino e nenhuma brasileira entre as cinco primeiras da prova feminina. Que vergonha
         E a Globo nem ao menos utilizou o evento para mostrar São Paulo para o restante dos brasileiros. Ao invés de identificar todos os locais ( e não somente os mais conhecidos) os narradores globais ficaram falando sobre as conquistas que os africanos vem obtendo em provas do gênero. Estão acabando mesmo com a grande Corrida de São Silvestre.

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