Quem sou eu

Minha foto
Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O primeiro teste em casa não foi bom

       Se o amistoso de hoje, com a Africa do Sul, foi considerado como o primeiro teste para a Copa do Mundo em termos gerais, a nota alcançada foi baixa. Começando pela parte organizacional, que mostrou várias falhas. Faltou inclusive uma reunião de protocolo com os sul-africanos e com as autoridades da partida. Tudo foi feito improvisadamente. Os meninos que carregavam as bandeiras nem sabiam pra onde ir. Pelo jeito, nada foi ensaiado. O pessoal da Fifa deve ter ficado horrorizado. Tivemos até atraso no início do jogo. Bonito mesmo, só o trabalho de jardinagem que fizeram em torno do gramado, embelezando o frio Morumbi.


       Confusão nos uniformes, que o árbitro argentino Nestor Pitana (um iniciante em termos internacionais) achou que eram parecidos. No fim, a torcida não pôde ver a Seleção com sua tradicional camisa amarela. O time jogou com uma camisa azul, por sinal de péssima qualidade. Antes mesmo de começar o jogo, a de Marcelo já estava rasgada. E com menos de 20 minutos de partida  a camisa de David Luiz igualmente se rasgou. A tarja de 'capitão' que David Luiz usava também foi vetada pelo juiz. E o jeito foi improvisar uma tarja de esparadrapo. Parecia até jogo amador. Só no intervalo é que arranjaram outra tarja para o nosso 'capitão'.
       Na execução dos hinos nacionais, cheguei a temer pela saúde do maestro João Carlos Martins, que enfrentou um sol terrível e um calor infernal. Pensei que o homem fosse precisar de socorro médico.  Sua imagem não era nada animadora. Todos sabem dos seus problemas. Mas aí ninguém tem culpa.


        A torcida paulista também decepcionou. Pra começar, não lotou o Morumbi, como todos esperavam. E se comportou de maneira provinciana e bairrista. Toda a vez que Leandro Damião tocava na bola, os são-paulinos gritavam o nome de Luis Fabiano, sem lembrar que Damião foi o artilheiro das Olimpíadas e que Fabiano decepcionou completamente na última Copa do Mundo. Mas os torcedores até aplaudiram Lucas no primeiro tempo, embora ele nada fizesse de bom.  Só porque ele joga no São Paulo. As vaias vieram mais forte para a Seleção a partir dos 30 minutos. E isto a  gente já esperava, como destaquei numa postagem feita ontem.
        E tem uma coisa: pra não levar vaia em São Paulo, só se a Seleção estiver formada por 11 paulistas, sendo e do Corinthians, 3 do Palmeiras, 3 do São Paulo e 2 do Santos. É uma coisa ignorante, mas sempre foi assim.  A CBF que se vire para arranjar um jeito de impedir que o Brasil jogue em São Paulo na Copa 2014. É pior do que jogar na Argentina.

Um comentário:

  1. É Flávio. O bairrismo no País existe do Oiapoque ao Chui. Ninguém é menos bairrista que o outro nesses nossos estados. Agora vaiar a bola que a seleção mostrou, até eu teria vaiado. Me desculpe, questão de opinião: O Damião está na seleção só porque é do Inter embora tenha sido artilheiro da Olimpíada não quer dizer muita coisa. Não lembro bem, mas acho que o Luiz Fabiano foi o artilheiro do Brasil no Mundial. Acredito que hoje o Fabuloso seja mais jogador que o Damião.

    ResponderExcluir