Quando Leandro Damião, hoje com 28 anos, não parava de fazer gols, a CBF o chamou. Com a camisa amarela e com seis gols, Mano Menezes no comando, ganhou o posto de goleador número 1 dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012. Feito que dignifica o currículo de qualquer atleta.
Felipão pediu o atacante na Copa das Confederações do Brasil de 2014. Uma lesão roubou de Damião a possibilidade de disputar uma Copa do Mundo. Perdeu a chance de uma vida inteira.
Damião perdeu o GPS quando começou a trocar de clube a cada temporada. Frustrado por não ter conseguido acertar com os ingleses do Tottenham, entre outras propostas milionários que o Inter vetou, o camisa 9, legitimo homem de área, deixou o Beira-Rio por uma fortuna, financiado por um obscuro fundo de investimento. Começou a peregrinar por diferentes clubes. Afundou.
Passou batido pelo Santos, não teve sucesso no Cruzeiro, decepcionou no Betis e não recebeu atenção no Flamengo. Resultado: os gols murcharam. As críticas sobraram.
Quando voltou a pisar a grama de Copa do Mundo do Beira-Rio, confiança renovada, Damião sentiu o perfume da sua velha casa outra vez. No entorno, a torcida que o fez ídolo pela primeira vez, estava ao seu lado. Aplaudiu. Gritou "Damião, Damião, Damião". O eco era conhecido, saudoso.
O jogador, formado nos duros campos de várzea, não sentia nada parecido desde 2014, quando deixou Porto Alegre. Em cinco jogos, o atacante paranaense de Jardim Alegre, motivadíssimo, marcou três gols. Ele é o terceiro goleador da história colorada. Seu esforço é exemplar. Serve de espelho para todos os colegas. Pode faltar gols, às vezes. Suor? Nunca.
A torcida do Inter ajudou o atacante a reencontrar o caminho do gol. Ofereceu a mão, confiança e o carinho que ele não havia recebidos nos últimos anos. Ele está retribuindo.
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