O site Alô Tatuapé publicou há cerca de dez dias um levantamento interessantíssimo assinado por Peter Moon, da Agência Fapesp, sobre sobre o fim que se aproxima para um dos mais importantes animais americanos.
É que restam apenas cerca de 300 onças-pintadas (Panthera onca) na Mata Atlântica. É pouco. São inúmeras as razões para o desaparecimento eminente do maior felino das Américas ao longo do bioma que um dia se estendia desde o norte da Argentina, passando pelo Paraguai e Uruguai, até o Nordeste brasileiro.
A primeira e mais óbvia razão é que só restam 7% da Mata Atlântica original. A segunda, uma consequência direta, é que o pouco que sobrou é composto por áreas muito fragmentadas. Ou seja, as onças remanescentes precisam percorrer áreas muito maiores do que suas congêneres da Amazônia ou do Pantanal, por exemplo, para encontrar caça ou achar parceiros para cruzamento.
E como as áreas são muito fragmentadas, as andanças das onças na Mata Atlântica envolvem riscos cada vez mais frequentes de contato com humanos – o que envolve todo um leque de consequências letais para os grandes felinos. Elas viram alvo de caçadores, são atropeladas, são vítima da retaliação por parte de fazendeiros e pecuaristas ou perseguidas pela população em geral, que tem medo desses bichos.
Foram monitorados 44 indivíduos que haviam sido previamente capturados, sedados e neles colocado um colar especial dotado de localizador por satélite (GPS).
Foram estudados 21 indivíduos no Pantanal, 12 na Mata Atlântica, oito na Amazônia, um no Cerrado e dois na Caatinga. Foram amostrados 22 machos e 22 fêmeas. As idades estimadas variaram de 18 meses até 10 anos, sendo que a maioria das onças (41) era adulta, com mais de três anos.
Vale a pena ler este levantamento publicado pelo "Alô Tatuapé". Você pode estar se despedindo das maravilhosas onças-pintadas.
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