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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Justiça reabre o "caso Neymar"



                        O juiz José de la Mata aceitou a denúncia contra Neymar, seu pai e sua mãe, Nadine Gonçalves, pouco mais de um mês após o Ministério Público da Espanha solicitar a reabertura do caso - que havia sido arquivado da esfera criminal em julho. Segundo o jornal espanhol "El País", que publicou nesta segunda-feira a decisão da Justiça, a ação, movida pelo grupo DIS, acusa tanto o jogador quanto seus pais de corrupção e fraude fiscal por conta da transferência do Santos para o Barcelona em 2013. 
                    A decisão do juiz espanhol abre caminho para que o jogador seja levado a júri e, segundo a agência "AP", os promotores têm agora 10 dias para formalizar o pedido de julgamento. Além do craque e seu estafe, o atual presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor Sandro Rosell também serão investigados, bem como o próprio clube catalão.
                   A quarta seção da Audiência Nacional, que solicitou ao juiz José de la Mata a reabertura o caso em setembro, entende que houve crimes de fraude e corrupção entre os envolvidos, o que forçou a reabertura do processo criminalmente. À época, a NN Consultoria, empresa do pai do jogador, se manifestou com um comunicado em que diz que todos continuam "tranquilos porque todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e FC Barcelona". 

                     O site Buzzfeed teve acesso ao despacho do juiz José de la Mata. No documento, o magistrado argumenta que há indícios de que Neymar e sua família tenham praticado corrupção privada ao negociar, em separado, com o Barcelona, em 2011, dois anos antes do fim do contrato com o Santos. O negócio teria sido com empresas do pai do jogador.

                           Na Espanha, corrupção privada é punida com penas que variam de 6 meses a 4 anos de prisão. O delito se caracteriza para quem receber vantagens indevidas na violação da compra de bens ou contratação de serviços profissionais. Autora da ação, o grupo DIS era dono de 40% dos direitos econômicos do ex-jogador do Santos. A empresa se sentiu prejudicada na negociação e recorreu para tentar obter parte do que foi pago. O nome da mãe de Neymar, Nadine Gonçalves, foi incluída devido à participação dela nas empresas do pai do jogador.
                      Enquanto a Justiça da Espanha analisava denúncia contra Neymar por corrupção e fraude fiscal, aceita nesta segunda-feira,  o recurso do Ministério Público Federal de São Paulo, que acusa o jogador de falsidade ideológica e sonegação, foi finalmente enviado ao Tribunal Regional Federal para ser julgado em segunda instância.
                   O atleta, assim como seu pai, Neymar da Silva Santos, o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e o atual, Josep Maria Bartomeu, foram denunciados em janeiro, mas a ação foi rejeitada. O MPF recorreu em fevereiro, mas só no final de outubro os trâmites se encerraram para que o caso possa ser apreciado no Tribunal.

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