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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

   Julgamento de Cunha
 vai começar às 19 horas




                      Depois de 11 meses e de tudo quanto é tipo de recurso, Eduardo Cunha enfrenta, nesta segunda-feira, o julgamento no plenário da Câmara dos Deputados e pode ser cassado. No domingo à noite, o Supremo negou a última esperança de Cunha para tentar suspender a votação. A sessão está marcada para as 19 horas e o processo já é o mais longo da história da Câmara.
                 Apesar da movimentação dos aliados de Cunha, o que deve ser votado é mesmo o parecer que pede a cassação do mandato dele. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, já avisou que vai seguir a tradição da Casa, de 1994, e levar à votação o parecer do Conselho de Ética, que pede a cassação. Eduardo Cunha vai pessoalmente, nesta segunda-feira, se defender no plenário, e o plano do acusado é conseguir uma suspensão do mandato, e não a cassação e, assim, manter o foro privilegiado.
                Foram duas derrotas em quatro dias. A última foi a decisão do ministro Luiz Edson Fachin na noite deste domingo. Ele negou um pedido de liminar da defesa do deputado afastado, Eduardo Cunha, para suspender a votação do processo de cassação do mandato dele.
Foi o sexto recurso de Cunha ao STF, com apenas uma decisão favorável: a que permitiu a ida dele à Comissão de Constituição e Justiça para se defender.

              Resta agora uma cartada que está nas mãos dos deputados aliados de Cunha. Eles devem pedir que o plenário da Câmara não vote o parecer do Conselho de Ética - que recomendou a cassação -  e, sim, um projeto de resolução, com punição mais leve. A questão deve ser apresentada no plenário.
                “A este projeto podem ser apresentadas emendas. A ideia é apresentar uma emenda que estabeleça para o deputado uma punição não tão grave quanto a cassação e condizente com o que está efetivamente no processo”, disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
                 A argumentação dos aliados de Cunha vai contra o rito que tem sido adotado na Câmara desde 1994. Vale, a partir daí, uma decisão da Comissão de Constituição e Justiça de que o plenário tem que votar o parecer do Conselho de Ética. Desde que as sessões de votações dos processos de perda de mandato se tornaram públicas, em 2004, o plenário votou 21 representações contra deputados. Todas analisaram o parecer do Conselho de Ética. Seis deputados foram cassados.
                   O presidente da Câmara, em entrevista ao Fantástico, foi muito claro: o rito deve ser mantido na sessão desta segunda-feira: “O rito é claro, ele leva ao plenário o parecer, é isso que tem acontecido nas últimas votações. É assim que eu vou proceder. É claro que os aliados dele devem apresentar alguma questão de ordem, algumas, para tentar mudar esse rito. Mas eu acho, pelo que eu estou vendo, eu acho difícil que o plenário mude o rito que já é a tradição na Câmara dos Deputados” - disse Rodrigo Maia(DEM-RJ).
               Mas os líderes dizem que não vão recomendar voto contra nem a favor da cassação. Cada um votará como quiser. Também é a posição do PMDB, partido de Eduardo Cunha.
           Por outrolado, nove partidos se comprometeram a votar a favor da perda de mandato do ex-presidente da Câmara: Democratas, PCdoB, PDT, PPS, PSB, PSDB, PSOL, PT e Rede.

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