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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Atletismo russo está fora !





                       A Rússia está definitivamente fora das provas do atletismo dos Jogos Olímpicos no Rio. Nesta quinta-feira, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) negou o recurso apresentado por 68 atletas russos que se diziam "injustiçados" pela suspensão à toda a delegação imposta pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). Com a decisão, atletas como Yelena Isinbayeva  (foto) ficam impedidas de competir no Brasil sob a bandeira do país.

                      A decisão também reforça a possibilidade de o Comitê Olímpico Internacional (COI) se inclinar a banir toda a delegação russa em todos os esportes. Uma decisão é aguardada para a partir de domingo. Mas o governo de Moscou já admite que a sentença desta quinta-feira abre um precedente para o fim dos sonhos russos no Brasil.

                      "Lamento essa decisão", declarou o ministro dos Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, acusado de liderar o esquema de doping. "Infelizmente, um certo precedente foi estabelecido para uma responsabilidade coletiva" - disse. Segundo ele, Moscou vai agora avaliar a situação. Mas, em um tom de ameaça, alertou que a situação "não poderia continuar como está".

                      Vladimir Putin, presidente russo, já havia alertado que uma suspensão ameaçaria criar um "racha" no movimento olímpico. Já Isinbayeva classificou a decisão como "um funeral para o atletismo". Há um mês, a Agência Mundial Antidoping (Wada) havia publicado um informe em que revelava como treinadores e dirigentes russos organizaram um programa de doping no atletismo, com o conhecimento e coordenação do Ministério dos Esportes.

                         Como punição, a IAAF anunciou o afastamento dos russos de todas as competições internacionais, inclusive o Rio-2016. Apenas uma brecha foi deixada para que atletas pudessem solicitar que seus casos fossem individualmente avaliados. Para que um esportista fosse aceito, ele teria de provar que se preparou em outro país e esteve sujeito aos controles de doping de fora da Rússia.

                      Das dezenas de pedidos de revisão, a IAAF aceitou, até agora, apenas dois casos. Um deles, porém, era de Yuliya Stepanova, que revelou o escândalo de doping e que se mudou para a Alemanha. Ainda assim, ela irá competir sob "bandeira neutra". Inconformados, os atletas escolhidos para os Jogos entraram com um recurso na CAS, liderados por Isinbayeva. Nesta quinta-feira, porém, a corte manteve a suspensão. A decisão foi tomada de forma unânime pelos juízes Luigi Fumagalli, Jeffrey G. Benz e James Robert Reid.

                     "O tribunal confirmou que atletas russos estão impedidos de ser nomeados para o evento", indicou a corte. A decisão foi aplaudida pela IAAF. "A corte apoiou nossa posição contra o doping" - disse a entidade. Mas seu presidente, Sebastian Coe, admitiu o gosto amargo em expulsar uma das principais potências olímpicas da competição.
"Esse não é um dia para declarações triunfantes. Não vim a esse esporte para impedir atletas em competições"- disse. "Para além do Rio, vamos trabalhar para criar um ambiente seguro para os atletas para que possam voltar às competições internacionais" - declarou Coe.

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