Quem sou eu

Minha foto
Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CANÇÕES QUE FICAM PRA SEMPRE

         A    F L O R    E    O    E S P I N H O
 (Nelson Cavaquinho - Guilherme de Brito -Alcides Caminha) 

                         

               Para minha alegria, o amigo Hamilton Luiz Nassif  (foto) está de volta a esta série, com outro pedido de qualidade.  Desta vez, ele quer ouvir um dos 100 maiores sambas de todos os tempos, assinado por "NELSON CAVAQUINHO" e lançado em 1957. O Brasil inteiro conhece "A FLOR E O ESPINHO", um verdadeiro hino do cancioneiro nacional, e que no vídeo acima é interpretado de maneira bem informal pela grande cantora baiana MARIA BETHÂNIA.

 
 
Nelson Cavaquinho fez a música, e seu parceiro mais constante, Guilherme de Brito, escreveu a letra, com participação de Alcides Caminha (foto logo abaixo dos dois), que só mais tarde teve a sua identidade revelada: ele não era outro senão o desenhista Carlos Zéfiro, famoso por seus quadrinhos eróticos das  década de 50/60.
Na realidade, a canção foi feita em 1955, dois anos antes de ser lançada. Raul Moreno foi o primeiro a gravar, em 1957, e depois Elizeth Cardoso, grande musa da época, também gravou, já em 1964
 
A letra de "A FLOR E O ESPINHO" é um verdadeiro poema:
"Tire o seu sorriso do caminho / Que eu quero passar com a minha dor / Hoje pra você eu sou espinho / Espinho não machuca a flor / Eu só errei quando juntei minh'alma a sua / O sol não pode viver perto da lua ...
É no espelho que eu vejo a minha mágoa / A minha dor e os meus olhos rasos d'água / Eu na sua vida já fui uma flor / Hoje sou espinho em seu amor...
Tire o seu sorriso do caminho / Que eu quero passar com minha dor
 



Nelson Antônio da Silva era o nome completo de Nelson Cavaquinho, que nasceu no dia 29 de outubro de 1911, no Rio de Janeiro. Grande compositor, ele tocava cavaquinho na juventude, optando na maturidade pelo violão.
Seu pai Brás era músico da banda da Polícia Militar, e seu tio Elvino tocava violino. Morando na Gávea, Nelson começou a frequentar as rodas de choro. E foi então que surgiu seu apelido para o resto da vida.
Sempre foi boêmio, mas já aos 20 anos casou-se com Alice Ferreira Alves, com quem teria quatro filhos. Seu pai lhe arranjou um emprego na PM, fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim que Nelson conheceu e começou a frequentar o morro da Mangueira, onde teve o primeiro contato com sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.
 
 
                                                    Nelson Cavaquinho deixou mais de 400 canções, entre as quais clássicos, como "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas", ambas em parceria com Guilherme de Brito. As vezes, por falta de dinheiro, Nelson vendia "parcerias" de sambas que fazia sozinho.
                                                      Suas composições eram feitas com extrema simplicidade, com letras remetendo a questões como violão, mulheres, botequins e a morte.
                                                      Nelson Cavaquinho morreu aos 74 anos, no dia 18 de fevereiro de 1986, vítima de um enfisema pulmonar.






 

Nenhum comentário:

Postar um comentário