Blog do Flavio Campos

Com jeito de "moço bom", do jeito que os americanos tradicionais adoram, ele surgiu nos anos 50, como um tipo antagônico ao representado por Elvis Presley que tinha um ar de rebeldia.  Bom rapaz, bom filho, bom irmão, bom vizinho e bom tudo. Em palavras atuais, quase um chato. Mas um  fantástico cantor romântico

                                       P  A  T        B  O  O  N  E

                        

                                                  Conheci PAT BOONE através do seu primeiro filme, feito em 1957: "APRIL LOVE", que era também o nome da principal canção que ele cantava, e que pra mim foi a mais bonita de toda a sua carreira, embora eu também goste de "Bernardine", outra música maravilhosa. E é justamente "APRIL LOVE" que aparece neste vídeo acima. É demais mesmo.

                      E depois do filme, Pat Boone virou ídolo das meninas, inclusive aqui no Brasil. Ainda me lembro de uma foto colorida dele, cortada de uma revista para virar capa do arquivo de matérias escolares da minha irmã Maria Luiza. Era moda naquele tempo. Fotos dos ídolos eram coladas nas capas dos cadernos de escola. E só dava Pat Boone.

                        Charles Eugene Patrick Boone é o nome completo de Pat Boone, que costuma dizer que é descendente direto do famoso pioneiro americano Daniel Boone.  Ele nasceu no Tennessee, na cidade de Nashville e se tornou um dos mais populares intérpretes dos anos 50. Cantava versões de sucessos dos rítmos e blues afro-americanos que tiveram grande influência no desenvolvimento de popularidade do Rock'n Roll.  E Pat tornou-se também um ator, um palestrante motivacional, uma personalidade da televisão e um comentarista político conservador. 

                          Quando jovem, Pat Boone calçava sempre tênis brancos, que usava para compor seu visual bem educado, com suéteres de decote "V", camisas listradas e um ar de quem só  se alimentava de iogurte com sucrilhos.  Era o próprio "bom moço", imagem de cara limpa, barba sempre bem feita e cabelos penteados.

 

                            Mas quando fez o seu primeiro filme, com 23 anos, já era casado. Na verdade, se casou aos 19 anos, com Shirley Lee Foley, filha de uma verdadeira "lenda" da música country, Red Foley. Pat Boone e Shirley tiveram quatro filhas, entre elas Debby Boone, que também é cantora.

    

                             Paralelamente aos filmes em que representava e as canções que cantava fez outras coisas interessantes. Como ser o "garoto propaganda" da Chevrolet, por cerca de dez anos. Ele aparecia dizendo slogans, como "Veja os Estados Unidos de dentro do seu Chevrolet" ou "Dirija seu Chevrolet através dos Estados Unidos e descubra a maior nação de todas as Américas".
                             Também teve programas na televisão e, no final dos anos 60,  começou a escrever livros de auto ajuda dirigidos aos jovens adolescentes.

                                Mas Pat Boone também teve alguns problemas, geralmente causados pela maneira rigorosa como tentava seguir seus princípios religiosos.   Ele é cristão pentecostal e recusou-se a cantar músicas ou trabalhar em filmes que não estivessem de acordo com as normas da sua igreja, ou que pudessem arranhar a sua imagem de rapaz puro e de boa família. Isto causava problemas  nos estúdios

                               Como quando filmou "April Love" e não quis beijar a atriz Shirley Jones como o roteiro pedia, alegando que "isso não ficava bem, porque ele e Shirley eram casados, cada um tinha o seu cônjuge na vida real".    Em outra ocasião, Pat Boone recusou um papel para trabalhar ao lado da maior paixão dos americanos na época, a louríssima Marilyn Monroe.

 

                               Mas a revista "Hustler Magazine" acabou descobrindo que,  quando era mais jovem, Pat havia posado em nu frontal para um "sex-card". E colocou o nosso astro em situação difícil.

            Na política, Pat Boone, que hoje tem 81 anos, também gerou várias polêmicas. Em 2006, ele escreveu um artigo para o "World Net Daily", dizendo que tanto os Democratas quanto todos aqueles que fossem contra a Guerra do Iraque, não poderiam ser considerados verdadeiramente patriotas.

           E em 2009, a bronca foi com o presidente Obama, que ele acusa de ser inelegível para servir como presidente dos Estados Unidos. Alegou inclusive que Barack Obama é fluente na língua árabe e lê o Alcorão em árabe, como um menino. E ainda afirmou que "Obama não celebrou quaisquer feriados cristãos na Casa Branca." Pat Boone é mesmo um homem radical.