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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O meu balanço final da Copa


           Hoje acordei deste jeito, bem mais leve, sem aquela preocupação dos últimos 32 dias. Fui até meu jardim e tomei um pouco do lindo sol da manhã. Foi quando minha filha Juliana apareceu e fez esta foto, no auge do meu relaxamento emocional. Na verdade, eu estava curtinho o  fim da Copa do Mundo, que ocupou alta parcela do meu pensamento nestas últimas cinco semanas.
            Foi bastante trabalhosa a missão de acompanhar o que rolou durante o evento. E o que cansa mais numa Copa é que a gente trabalha torcendo para que tudo dê certo, desde a organização até o comportamento da Seleção dentro do campo. É quando o lado jornalístico se confunde com o lado passional. De qualquer forma, você praticamente se esquece do mundo pra só pensar no futebol. Ainda bem que isto só acontece de quatro em quatro anos.
             Mas agora, chegamos ao momento de indagar: Valeu a pena ?
             Estou certo de que valeu. O Brasil realizou uma bela Copa do Mundo. Não estou tão convencido de que tenha sido a melhor das Copas, a ponto de ser chamada de a "Copa das Copas". mas foi uma das melhores, não tenho dúvida disto.  Dentro e Fora do campo.
              O fracasso técnico da nossa Seleção fez até que algumas pessoas estejam odiando esta Copa. Mas não se pode olhar apenas por esse ângulo.  Mesmo no plano técnico foi uma ótima competição. Brasil, Espanha, Portugal e Itália fracassaram, mas Alemanha, Argentina, Holanda, Colômbia, Costa Rica, Uruguai, Argélia, México, Chile, França, Estados Unidos, Suíça e Bélgica nos proporcionaram grandes espetáculos.
               Assisti todos os 64 jogos disputados. Pelo menos 50 deles me fizeram ficar ligado do princípio ao fim, num alto grau de emoção. Tivemos ótimas partidas. Jogadores maravilhosos. Messi, Robben, Müller, Schweinsteiger, Mascherano, Romero, o goleiro cotarriquenho Navas e o artilheiro colombiano James Rodriguez, o francês Benzema, o mexicano Guardado e o uruguaio Godin foram pra mim os onze melhores desta Copa, mas vários outros, entre os quais o brasileiro Neymar, nos alegraram com seu futebol brilhante.
                E o melhor time foi realmente o da Alemanha, com seu alto grau de competitividade e eficiência. A decisão reuniu mesmo as duas melhores seleções, porque a Argentina nivelou-se aos germânicos na maioria dos quesitos. Apenas não soube ganhar o título, quando teve a chance de vencer a final e não soube aproveitar.
 
                 Mas não é só com boa técnica dos participantes que se faz uma grande Copa do Mundo. E esse me parece ser o lado mais bonito da festa ontem encerrada.  Em todos os outros aspectos o Brasil foi NOTA DEZ.  Até me envergonho por ter desconfiado, há três ou quatro meses, de que os estádios não ficariam prontos, de que nossos aeroportos seriam considerados ridículos ou de que o esquema de segurança não funcionaria.
                 O mundo inteiro está se curvando para a praticidade de nossas praças esportivas. E nossas arenas e estádios são mencionados na Europa como "verdadeiras obras de arte". Em várias partidas me emocionei vendo nossos campos de futebol. Gostei de todos, mas especialmente do Castelão, talvez por não esperar que o Ceará caprichasse tanto na obra.
                  Não tivemos o caos anunciado para os aeroportos.  Nenhum problema mais grave. Os atrasos podem ser considerados pequenos, bastando lembrar que, na Copa de 94, nos Estados Unidos, fiquei 13 horas no aeroporto de Detroit, esperando um vôo para retornar a San Francisco.
                  E nosso principal medo se desfez logo no começo, quando as forças policiais coibiram as primeiras ações dos grupos baderneiros que vinham agindo há muito tempo no Brasil. Ficou até a impressão de que os marginais só quebram tudo quando a polícia deixa eles quebrarem.
                  Até dentro dos estádios vi coisas surpreendentes. Eu não esperava que  estádios sem o velho alambrado vingassem no Brasil. Mas o que se observou foi um ótimo comportamento das pessoas e uma grande presença das equipes de segurança. Assim, as poucas tentativas de invasão do gramado por isolados torcedores fanáticos foram imediatamente reprimidas.
                   Por fim, mesmo sabendo que ( por posições pessoais e políticas ) muita gente deixará de reconhecer o ótimo trabalho do Governo Federal e dos Governos dos Estados envolvidos, acho que todos os brasileiros devem no fundo estar orgulhosos  do que foi realizado pelo Brasil, em termos de organização e execução desta Copa que agora chega ao fim.
 
PODE ATÉ NÃO TER SIDO A MELHOR DE  TODAS.  MAS FOI UM SHOW DE COPA !


                      

Um comentário:

  1. Como esse é o ultimo comentário sobre copa do mundo quero fazer um pinga fogo:
    Será mais facil ganhar a copa na Russia do que aqui(os trairas estarão mais longe)
    Ney Franco deveria ser o tecnico da seleção, pois conhece quase 50% dos jogadores que trabalharam com ele no sub 20.
    Não devemos copiar a Alemanha, e sim aquele pais que tem 5 titulos mundiais, 4 copa das confederações, 8 copas america e tantos outros titulos de categorias menores.
    AVANTI

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