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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

  Há milhares de adeptos 
  do neonazismo no País 
   

            O Largo da Ordem acaba de ser palco de mais uma cena de ódio em Curitiba. Uma confusão entre punks e skinheads acabou com três homens esfaqueados na noite deste sábado. O confronto entre esses dois grupos é comum e, infelizmente, faz parte de uma série de atos de violência com fundo racista e supremacista cada vez mais comuns na capital paranaense e no Brasil.

            Talvez a pesquisa mais completa sobre os grupos de ódio atuantes no País seja a publicada em 2013 pela antropóloga e doutora pela Unicamp, Adriana Dias. Ela monitorou por mais de uma década a movimentação de grupos neonazistas – que pregam o ódio a negros, judeus e homossexuais – em um trabalho que lhe custou parte da liberdade (Adriana não mostra o rosto em entrevistas e nem posta fotos em redes sociais por causa das ameaças recebidas). Segundo seu estudo, existem 150 mil adeptos desta doutrina radical no Brasil. A pesquisadora estima que, deste total, 10% têm posições de liderança e uma parte menor, os 10% destes 10%, já cometeram crimes graves e são procurados ou investigados pela polícia.
                  Os números levantados por Adriana expõem a seriedade do assunto no Sul do País. É aqui o lar da maioria absoluta dos adeptos: 105 mil. E mais: calcula-se que 18 mil deles estejam no Paraná – o estado fica atrás de Santa Catarina (45 mil), Rio Grande do Sul (42 mil) e São Paulo (29 mil).  Adriana apontou que estes são estados em que mais pesam fatores como racismo, concentração de renda na mão de poucos – para ela, uma “elite segregacionista”.

           

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