Quem sou eu

Minha foto
Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

        Nossa postagem de hoje vem para homenagear uma cantora que brilhou na Jovem Guarda, estando inclusive mencionada na canção "Festa de Arromba", de Erasmo Carlos. Só que ela nunca teve a devida valorização. Talvez porque sua curta carreira tenha se desenvolvido num período de transição entre o Rock and Roll de Celly Campello e a Jovem Guarda de Wanderléa. Nem a sua morte foi noticiada com destaque, como  normalmente ocorre com as estrelas. Mas sempre é tempo de se recordar

                          M  E  I  R  E       P  A  V  à O
                    


                                  A canção que escolhi para o vídeo de abertura foi um dos êxitos de MEIRE PAVÃO, uma cantora de voz pequena mas extremamente afinada e graciosa. Ouçamos "LOUCO AMOR", uma versão de "Crazy  Talk", sucesso de Brenda Lee nos Estados Unidos. A versão foi feita por Albert Pavão, irmão de Meire e também cantor.  Os dois aparecem juntos na foto abaixo
 
 
Antônia Maria Pavão era o nome de batismo de Meire, que nasceu em 1948, na cidade paulista de Taubaté. Era filha do maestro Teothônio Pavão, que criou o conjunto vocal Alvorada, no qual ela começou a cantar .
E também foi o seu pai que fez a versão da canção italiana "Che me ne faccio del latino", primeira música gravada por Meire Pavão: "O que eu faço do Latim ?"
 
  
Em 1965, Meire Pavão assinou contrato com a Gravadora Chantecler e pouco depois  lançou o LP "A Rainha da Juventude", que tinha como destaque "Bem Bom", versão para "Downtown, sucesso de Petula Clark nos Estados Unidos.
Mas o maior sucesso de sua carreira veio no LP "Meire", com o hit "Família Buscapé", de autoria do irmão e do pai, pagando tributo aos quadrinhos da infância.
 

A voz de Meire Pavão fugia do estilos das novas estrelas da Jovem Guarda, aproximando-se mais de cantoras como Cilla Black, Sandie Shaw ou Mary Hopkins. Seu jeito era
 limpo, puro, quase lírico de cantar. Parecia uma eterna menininha. E foi assim que ela fez sucesso com músicas como  A mesma Praia,  Bonitinho,  Areia Quente,  Broto Estudioso,  Cansei de lhe Pedir,  Escola do Amor,  História da Menina Boazinha,  Eu amo Batman,  Lápis Colorido,  O Rapaz do Terno Preto, Robertinho Meu Bem,  Tão Perto e Tão Longe, e O Tipo, entre outras.
 
  
 
No auge da carreira, viajou com o irmão Albert para os Estados Unidos, onde chegaram a gravar.  Mas em 1969, Meire Pavão afastou-se da música para fazer vestibular.  E resolveu então dedicar-se a outras atividades.
Voltou apenas esporadicamente, entre 1972 e 1982, ao lado do pai, do irmão, do grupo Vickings e do cantor/compositor Thomas Roth para gravar discos infantís.
      E a morte de Meire Pavão esteve também envolvida em mistério. Só foi noticiada um mês depois. Ela morreu no dia 31 de dezembro de 2008, aos 60 anos de idade, por insuficiência respiratória provocada por um câncer. O que se sabe é que Meire teve um funeral simples, apenas com a família e alguns amigos mais chegados.  Na verdade, ela viveu e morreu com absoluta simplicidade

 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário