E realmente esta ficou sendo a situação, depois de todas as situações enfrentadas pelo Galo Mineiro ao longo desta Copa Libertadores. Não tanto nas primeiras fases, porque até então o Atlético vinha ganhando fácil todos os jogos. Mas especialmente a partir das quartas-de-final, o time dirigido por Cuca teve que enfrentar enormes adversidades. Aqueles dois empates com o Tijuana do México. No primeiro, estava 2 a 0 para os astecas, e os mineiros ainda foram buscar o empate. Na volta, em Belo Horizonte, aquele penalti no último minuto, que acabou sendo defendido por Victor.
Mas ficou mais difícil quando o confronto passou a ser com o bom time do Newell's Old Boys. Lá no Caldeirão deles, uma derrota de 2 a 0 que poderia ter sido muito mais ampla. Ficou barato. Porém, o Galo também tem o seu Caldeirão e todo mundo apostava nisto. Muito mais ainda quando o garoto Bernard fez aquele gol logo de cara, pagando a dívida que tinha com Ronaldinho Gaúcho. Sim, porque lá na Argentina, Ronaldinho também colocou o menino na cara do gol, em lance parecido, mas ele quis driblar o goleiro e jogou a chance fora. Ontem, Bernard mostrou que aprendeu a lição e abriu o placar.
Tudo levava a crer que a vitória por três ou até mais gols viria ao natural. Mas os argentinos são argentinos. Com muita magia, eles foram aos poucos acalmando o Atlético e equilibrando o jogo. A tal ponto que, se aquela luz não apaga, eles teriam empatado a partida e garantido a classificação.
E aí fica a pergunta: será que as luzes se apagaram por malandragem ? A indagação se justifica, porque a paralização salvou o Galo. Os torcedores mineiros começaram a gritar "eu acredito, eu acredito" e, no reinício, o time voltou diferente obrigando os platinos a correr dobrado, porque ficou muito difícil para eles segurar o 0 a 1.
Mas também houve competência. As entradas de Luan, Alecsandro e especialmente Guilherme foram determinantes para a obtenção da vitória. Sem estas mudanças, dificilmente teria surgido o segundo gol.
Nunca vi tanta gente rezando e chorando num jogo de futebol. Os mineiros são mesmo religiosos. E agora inventaram até um "São Victor do Horto".
Só que a Conmebol está acabando com a maior alegria dos atleticanos, que é a de mandar seus jogos na Arena Independência. A entidade já marcou a partida final da Libertadores para o Mineirão, no dia 24 de julho, com a alegação de que o regulamento do torneio prevê que as finais sejam disputadas em estádios com capacidade superior a 40 mil torcedores. Mas como é que vai ficar o primeiro jogo, porque no Defensores Del Chaco só cabem 36 mil pessoas. E uma no colo da outra, pra falar bem a verdade. Só que a sede da Conmebol fica no Paraguai. Tá explicado ?
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