É inacreditável o que aconteceu com o Brasil no jogo de ontem. As cubanas já sairam "matando", abriram 14 a 4 e fecharam o primeiro quarto com 22 a 15. Enquanto Gelis, Noble e Okendo faziam o que queriam na quadra, as brasileiras só olhavam as adversárias jogar. Marcaram apenas 6 pontos no segundo quarto, e o primeiro tempo terminou com Cuba abrindo 19 pontos de vantagem: 40 a 21.
Só Adrianinha (nº 4) encarou as cubanas
Na volta para a segunda fase, o Brasil mostrou-se muito melhor, descontando 13 pontos no terceiro quarto e voltando a entrar no jogo. E continuou encostando no derradeiro quarto, assustando as cubanas, que cairam de produção. Até que, faltando um minuto e meio para o final, veio o empate de 68 a 68, dando a impressão de que as brasileiras virariam o placar. Mas elas continuaram perdendo todos os rebotes de ataque (ao todo foram 19 ganhos por Cuba). E foi aí que acabaram derrotadas.
O comportamento do Brasil foi mesmo um desastre. Só escapou a veterana Adrianinha, que marcou 15 pontos e deu 7 assistências. Foi a única que não se assustou com as cubanas. O restante do time brasileiro pipocou mesmo.
Acho que o Brasil deve ganhar de Porto Rico, que perdeu a semifinal para o Canadá, por 73 a 48. Não acredito que a "amarelada" de ontem possa se repetir. A equipe portorriquenha é bem modesta e já perdeu para as brasileiras na primeira fase do torneio, pelo amplo placar de 91 a 54. Mas mesmo que volte com a medalha de bronze da Copa América e garanta vaga para o Mundial, a Seleção Brasileira já não inspira mais confiança. É mesmo um time "pipoqueiro", que já havia tremido diante da Argentina e ontem se escondeu do jogo. Não devemos nos iludir, pois nem com a provável presença de Erika (desfalque agora), esse time de Luiz Augusto Zanon tem condições de brilhar na Turquia, diante das grandes equipes do basquete mundial. Vai dar vexame lá.
E não posso deixar de reforçar minha crítica ao técnico Zanon, que diante da fraca equipe da República Dominicana trocava irônicas risadinhas com seus auxiliares no banco de reservas, enquanto o Brasil fazia 107 a 43 dentro da quadra. Ontem, correndo o tempo inteiro atrás das cubanas, ele não mostrou o mesmo otimismo. No primeiro tempo, também apenas assistiu Cuba abrir 19 pontos de vantagem no marcador. E só conseguiu rearticular a equipe tarde demais. Não me parece um bom treinador para a Seleção Brasileira.
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