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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Estamos de volta, estamos chegando !

       Durante muito tempo, esta frase abriu por vários anos o comentário diário que eu fazia todo o final de tarde, na Rádio Paiquerê. Ao fundo, a música "Cidade Vazia", composição de Baden Powell e Luiz Fernando Freire, executada por Milton Banana Trio. Tempo bom aquele.
       Mas a vida continua muito boa e, retornando do Rio Grande do Sul após cerca de 20 dias, estamos reencontrando os amigos aqui neste Blog, que não é só meu, mas de todos aqueles que nos acompanham e emitem suas opiniões. Já estava com saudade de todos vocês.
       Hospedado na praia do Laranjal, em Pelotas, visitei várias localidades, matando a saudade e sentindo o estado de espírito dos gaúchos, neste ano de Copa do Mundo e de eleições, que certamente será extremamente movimentado. Andei por Porto Alegre, Rio Grande, Bagé. Foi extremamente gratificante. Vejam na foto abaixo minha esposa Ana Lúcia curtindo a casinha onde ficamos, cedida pelo primo Manoel Antônio. Pode existir um lugar mais aprazível ?

       Me cabe inicialmente agradecer a toda a minha família que nos recebeu (eu e a esposa Ana) com um carinho que ultrapassou a todos os limites. Os primos Luiz Fernando e Maria Cândida lideraram uma extensa programação, que contou com a participação plena de suas famílias. Ninguém recebe tão bem como o povo gaúcho, não tenho dúvida. Vivi momentos inesquecíveis, como uma noitada no restaurante "Matinho", animada pelo cantor pelotense Solon Silva. Até o Murtosa, braço direito de Felipão na Seleção estava lá. Ele tem casa lá na praia do Laranjal. Nas fotos, ele aparece ao fundo, de camisa listrada, curtindo a música, e com meu primo e compadre Mário Costa. Os pelotenses sempre voltam à sua terra.



 
 
 

O que eu vi no Rio Grande

       Por muitos anos, o povo do Extremo Sul do Brasil reclamou porque a região não recebia um incentivo maior dos governantes. Mas o que se vê agora é bem diferente, com intensa movimentação. Fiquei espantado ao ver o trecho Porto Alegre/Pelotas na BR 116, com obras contínuas em seus 258 quilômetros. Nunca havia visto tantas máquinas trabalhando numa só estrada. Do primeiro ao último quilômetro se vê gente trabalhando. Uma loucura. Orçada em R$ 430 milhões, a duplicação começou a ser implantada em setembro de 2012. O objetivo principal é ligar a a capital Porto Alegre ao Super Porto da cidade de Rio Grande. A duplicação do trecho final Pelotas/Rio Grande já está concluída. Ficou uma maravilha.

                            O trecho PortoAlegre/Pelotas da BR-116 virou um canteiro de obras

      Na Cidade de Rio Grande, o super porto e as plataformas de petróleo determinaram uma evolução muito grande em todos os setores. A"Noiva do Mar" tem hoje um novo título de população, com a presença de muita gente do Norte e do Nordeste do País, atraída pela febre do petróleo. E a famosa Praia do Cassino, a maior do Brasil em extensão, está cada vez mais bonita e modernizada.
       Mas a minha Pelotas continua sendo a capital da região. A "Princesa do Sul" ganhou um moderno shopping e gastou cerca de R$ 3 milhões para modernizar o seu histórico Mercado Público, inaugurado em 1848. E a Praia do Laranjal atraí todo mundo nos finais de semana.
        Também estive em Bagé, visitando minha irmã Norma e sua família. Com mais ou menos 130 mil habitantes, a "Rainha da Fronteira" é hoje uma metrópole cada vez mais próspera, localizada a 60 quilômetros da divisa com o Uruguai. Um lugar muito bonito.
 

Problemas em Porto Alegre

       É claro que Porto Alegre continua grandiosa em todos os seus aspectos, mas fiquei assustado com o que vi na capital gaúcha em relação aos preparativos para a Copa do Mundo. Com 1 milhão e 410 mil habitantes, a "Cidade Sorriso" ainda terá que trabalhar muito para que as obras estejam prontas até 12 de junho. Não acredito que consiga. Muita coisa vai ficar pela metade.
        Pra começar, a grande maioria do povo gaúcho não confia naquela espécie de lona que foi utilizada na cobertura do Estádio Beira-Rio. Pode ser que aguente a Copa, mas logo estará com problemas, ainda mais numa terra de vento forte como o Rio Grande.

 
        Pior ainda é ver que as obras no entorno do estádio e no centro da cidade parecem estar muito longe da conclusão. Porto Alegre está feia, por causa destas obras.
        Mas passei por cima das desordens que vi por todos os cantos de Porto Alegre e tratei de curtir a visita que fiz a minha "Dinda", que está prestes a completar 102 anos de idade e continua com muita saúde lucidez. Foi um dos momentos mais emocionantes destas minhas pequenas férias. Que Deus conserve a Dinda por muito tempo. 
      

O retorno à Londrina

   Meu amor por Pelotas e todo o Rio Grande do Sul é muito grande, mas sempre fico feliz quando retorno a Londrina, onde  moro há quase 50 anos, desde 1964. É a terra dos meus filhos, onde me casei e fiz muitos amigos. É sempre bom estar de volta.
    No meu retorno, a alegria de ver o Tubarão se reabilitando aos poucos, perto das finais do Campeonato Paranaense e com uma boa estréia na Copa do Brasil. O ano que parecia tão ruim, de repente se transfigurou. Também me agrada ver o Atlético Paranaense com bons resultados na Libertadores.
     Encerradas as férias, vamos colocando mais uma vez o Blog do Flávio Campos a disposição de todos. Estamos reiniciando a nossa caminhada e contamos com o prestigiamento de todos. Amanhã tem mais.