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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Já perdeu a graça ver Taiti levar gols

     No primeiro jogo, realizado lá no Recife, Taiti recebeu muito carinho dos torcedores brasileiros, que compreenderam a ingenuidade da equipe e preferiram, aplaudir, mesmo com os taitianos levando 6 a 1 da Nigéria. Foi até emocionante, ver eles comemorarem seu gol de honra.
                                      Na falta de bom futebol, o povo aproveitou para protestar
  
   Mas agora já ficou sem graça. No jogo de hoje, no Maracanã, com a Espanha, Taiti fez papel de "bôbo da corte". Os campeões do mundo jogaram com respeito, mas foram acumulando gols. É muito ruim o time da Polinésia. Não tem condições de competir com as grandes seleções do planeta. A Fifa tem que dar um jeito para evitar tanto desnível no futuro. As pessoas não podem pagar o preço de um jogo para ver apenas um treino. No final, Espanha 10 a 0.

O que Blatter foi fazer na Europa ?

          Essa viagem do presidente da Fifa  para a Turquia, no meio da Copa das Confederações, está mesmo muito estranha. Joseph Blatter larga um dos mais importantes torneios de sua entidade para prestigiar a abertura de um Sub-20, na Turquia ? A história está mal contada. Gente que esteve com Blatter aqui no Brasil conta que ele ficou apavorado com o que viu aqui, com o povo nas ruas, brigando com a Polícia todos os dias. As brigas têm até hora marcada. Que palhaçada.
 
                                                 
 
          Países europeus, que estão vendo tudo pela televisão, já estão cobrando providências da Fifa. Muitos acham que um país em clima de total desordem não pode sediar uma Copa do Mundo. E é aí que mora o perigo. Blatter vai ter que rebolar para manter o Mundial 2014 no Brasil, se o nosso governo não mostrar energia para botar na cadeia os muitos bandidos infiltrados nos protestos. Não é tão minoria, como está noticiando a maior parte da imprensa.
          Pelas imagens que a televisão está mostrando a toda hora, seria muito fácil identificar os vagabundos que estão estragando as manifestações. É preciso prender os vândalos e escrachar a cara deles na TV, pra todo mundo ficar conhecendo.  Mas nada de mais sério está sendo feito até agora. Por que será ?
          E tem mais coisa errada. Jogadores de seleções visitantes estão sendo roubados em alguns hoteis de Recife. Enquanto eles vão treinar ou jogar, o dinheiro que deixam nos apartamentos é roubado. Os espanhóis estão chiando a beça.
         Ninguém me tira da cabeça que o presidente da Fifa viajou para conversar com os europeus sobre tudo o que está ocorrendo no Brasil.

Um dia de muita saudade

      Meu saudoso pai, Francisco de Paula Campos,  estaria fazendo 99 anos hoje.  Morreu cedo, com menos de setenta, e até hoje sinto uma saudade enorme dele. Me ensinou praticamente tudo. Não trabalhava na imprensa, mas falava e escrevia muito bem. Era sobretudo um amante do esporte. De todos os esportes.  Foi assim que ele me colocou no caminho que prevaleceu na minha vida.
      O futebol era sagrado, mas já no domingo pela manhã iniciávamos uma extensa programação esportiva. Depois da missa, percorríamos os locais onde se realizavam  as mais variadas competições. Além dos tradicionais  basquete e vôlei, Papai me levava para assistir as regatas. Existiam dois clubes náuticos, lá em Pelotas-RS, e a gente acompanhava tudo. Corridas pedestres eram frequentes, competições de tenis e, acreditem, até as brigas de galo, que naquele tempo não eram proibidas. As Rinhas viviam cheias de gente. E também foi Papai que me ensinou a gostar das corridas de cavalos. A gente ia ao Joquei Clube, nos dias de clássico.
        Agora pergunto: como posso esquecer um homem como ele ?  Só tenho certeza de uma coisa: qualquer dia destes a gente se encontra, pra matar toda esta saudade. Que a cada dia é maior.