Nossos nadadores estão
usando estranhos óculos
A natação brasileira se prepara para os Jogos do Rio atenta com dois relógios. Um deles é o tradicional, usado para contar o tempo das provas e índices. O outro é o biológico, o que mais preocupa no momento. A agenda de competições olímpicas por volta das 22 horas, com as finais, obriga a comissão técnica a pensar em soluções inusitadas para iniciar a ambientação do organismo dos atletas aos horários diferentes das disputas. Por isso, vale apostar em óculos de luz para acordar e luva de resfriamento para induzir o sono.
Na quarta-feira, os nadadores incluíram na rotina mais duas sessões de 30 minutos cada de atividades para completar o treinamento. Por volta das 19 horas, eles vestem um óculos que emite uma luz verde nos olhos, com o objetivo de forçar o organismo a manter a atividade e, assim, evitar sentir sono no horário em que deverá cair na piscina. O material permite o ajuste para a missão inversa, como escurecer a visão e favorecer o relaxamento.
Os óculos são importados, vieram da Austrália e EUA, e cada um custou cerca de R$ 980. Os médicos afirmam que usar óculos para “despertar” não é uma estratégia nova. Outros atletas já fazem isso para forçar a ambientação a fusos horários complicados. Fora do esporte, algumas pessoas que vivem em países nórdicos e de invernos sem iluminação natural também usam a exposição dos olhos à luz.
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