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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

    É a noite de saber 
qual Brasil é melhor 

           

               Clube de Regatas Brasil (Maceió) e Gremio Esportivo Brasil (Pelotas) jogam hoje às 19h15m, lá em Alagoas, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Vai ser um jogo bom, pode apostar. É claro que vou ver pela TV.



                    De um lado, o vermelho e branco do CRB, fundado em Maceió, em 1912.  
O cardeal-do-nordeste também conhecido como galo de campina é uma ave da família Emberizidae, grupo dos cardeais. A espécie tem cerca de 17 cm de comprimento, cabeça anterior e garganta vermelhas sem topete abdomem branco, costas acinzentadas. Vive em bandos nas caatingas em quase todo o Nordeste brasileiro. Alimenta-se de sementes. Quando o Estádio Severiano Gomes Filho estava sendo erguido, em meados dos anos 20, no bairro da Pajuçara, existiam muitos galos de campina no local. Por isso o mascote do CRB se tornou este pássaro. Inclusive, no início do futebol, os jogadores usavam meiões pretos, devido a cor do galo.


                           Do outro lado, o vermelho e preto do Brasil de Pelotas, fundado em 1911
                         A escolha do Índio Xavante como mascote do Rubro-negro passa pela rivalidade local  do GE Brasil com o EC Pelotas. Aconteceu em 1946, no clássico BRA-PEL que decidiria o título do Campeonato Citadino daquele ano. O time da Baixada, que jogava fora de casa, foi para o intervalo perdendo por 3 a 1 e com um jogador a menos em campo.
Na volta para a segunda etapa tudo parecia perdido. O técnico Teté, que comandava o Brasil naquele jogo, chegou até ameaçar tirar a equipe de campo. Mas os torcedores rubro-negros não deixaram. Pelo contrário, eles empurraram o time para uma virada histórica. A partida terminou num impressionante 5 a 3, em uma das mais suadas e emocionantes das tantas vitórias que o Brasil já conquistou sobre o rival da avenida. Após o apito final, a torcida vencedora não se aguentou nas arquibancadas, atropelou o alambrado e invadiu o campo para comemorar. Vendo toda aquela euforia, quase que descontrolada, um dirigente do Pelotas comparou a festa em vermelho e preto ao filme “Invasão dos Xavantes” (em cartaz naquela época), dizendo: “eles foram um bárbaros ao final do jogo, pareciam uns Xavantes”. Irreverente que é, a torcida rubro-negro ignorou o tom pejorativo da expressão e adotou a simpática e querida figura do Índio Xavante como mascote do Brasil.

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