O ex-presidente e ex-senador José Sarney(PMDB-AP) disse que está "perplexo, indignado e revoltado" com o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O peemedebista é suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
"Jamais agi para obstruir a Justiça. Sempre a prestigiei e fortaleci", afirmou Sarney. Ele julgou que, após ter dedicado 60 anos à vida pública, "tivesse o respeito de autoridades do porte do procurador-geral da República".
Além do ex-presidente, o procurador pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Os pedidos se baseiam na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Gravações feitas por ele trazem indícios de que Sarney, Renan e Jucá queriam limitar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Por causa da idade, Sarney ficaria em prisão domiciliar monitorado por tornozeleira eletrônica, segundo solicitação do procurador-geral da República.
Os pedidos de prisão estão, há pelo menos uma semana, sobre a mesa do ministro do Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.
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