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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

      Há pouco mais de uma semana, destaquei aqui o ótimo Dick Farney. E hoje trazemos o seu grande amigo e parceiro de palco. Os dois cantando juntos eram sensacionais, como bem mostra o vídeo abaixo, gravado em 1954. Depois de Dick Farney , teria mesmo que vir

                                 L  Ú  C  I  O        A  L  V  E  S

                          

                         A canção TEREZA DA PRAIA foi escrita por Tom Jobim e Billy Blanco, contando a história (fictícia) de dois jovens que disputavam a mesma mulher. A gravação de Dick Farney e Billy Blanco marcou a união de dois grandes cantores que até então eram concorrentes.  Eles se tornaram grandes amigos e gravaram juntos outras belíssimas canções. Ouça o vídeo, lamentavelmente sem imagem.


                                          LÚCIO ALVES era mineiro de Cataguases e morreu no Rio, aos 66 anos, no dia 3 de agosto de 1993. Seu pai era maestro da Banda de Cataguases e foi quem mais estimulou Lucio a começar a aprender violão. A família mudou-se para o Rio de Janeiro, quanto o garoto tinha 7 anos. E foi na Cidade Maravilhosa que tudo aconteceu.
                       
     A carreira começou cedo, aos 14 anos, quando Lúcio formou o grupo vocal e instrumental "Namorados da Lua", que só se desfez em 19047, quando já tinha 20 anos. Ele era o cantor, o violonista e o arranjador do grupo, que até ganhou um concurso carnavalesco com a marchinha "Nós, os carecas"
 
 
 
É incrível o número de músicas de qualidades que Lúcio gravou em sua carreira. Só pra citar algumas:  Dindi,  Ah se eu pudesse,  O barquinho, Doralice,  Bolinha de Papel,  Nunca Mais,  Terminemos agora,  Amargura, Só Deus,     Tormento, Rugas,  o bolero "Brumas", Se todos fossem iguais a você,  Fim de Caso,  Noite de Paz,  Samba Triste,  O samba da minha terra, De conversa em conversa e muitas outras.

 
 
Em dupla com Dick Farney, além de "Tereza da Praia", Lúcio gravou coisas maravilhosas: "Sábado em Copacabana" (Dorival Caymmi/ Carlos Guinle), "Valsa de uma cidade (Ismael Neto / Antônio Maria),  Xodó (Jair Amorim /  JM de Abreu) e mais uma meia dúzia de boas canções.
Cantou também algumas músicas com Dóris Monteiro, grande cantora da época (foto acima).  

 
 
Uma curiosidade sobre Lúcio Alves: ele tinha uma enorme coleção de flâmulas (foto abaixo). Amigos seus, aviadores principalmente, traziam de todos os lugares. Eram centenas de flâmulas, que nosso cantor curtia muito.

 
Mas na vida particular, Lúcio Alves era bastante reservado. Acreditem que, em 1960, ele casou-se em absoluto segredo com Sandra Cordeiro Ciribelli Alves. Mesmo seus amigos mais íntimos só ficaram sabendo no dia seguinte. Ele não queria um casamento cheio de fãs. Lúcio era na época um dos cantores mais populares do País.
A união com Sandra durou 13 anos. Depois da separação, ela sumiu. E só em 1996 foi encontrada, morando embaixo de um viaduto, com mais sete mendigos. Estava parcialmente cega, desdentada, doente. E Lúcio já havia morrido três anos antes, em agosto de 93.
A última gravação de Lúcio Alves foi feita ao vivo, no restaurante paulista "Inverno & Verão", em 1986. 
 
 
 

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