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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 14 de junho de 2015

               Quem vê o "velho palhaço" fazendo as pessoas rir em programas cômicos, não pode imaginar que ele tenha sido o grande cantor romântico das décadas de 60/70. Filas intermináveis para entrar nos teatros, nos auditórios e nos estúdios. Só para ouvir cantar

                                 M O A C Y R      F R A N C O


                           

      
 
 
Quando cheguei em São Paulo, no começo dos anos 60, MOACYR FRANCO era o grande
nome da música brasileira. E foi neste tempo que ele conquistou 6 prêmios Roquete Pinto e o Troféu Imprensa de 1964. Acreditem: as mulheres era apaixonadas por ele e brigavam por um lugar nos seus shows, como vi uma vez em frente a TV Excelsior, na capital paulista.

 
           Mas antes de se tornar um grande cantor, Moacyr já era palhaço, um cômico engraçado que fazia o povo rir. O começo foi no programa "Praça da Alegria", interpretando o personagem "Mendigo".  E foi  naquele embalo que gravou uma marchinha de carnaval até hoje cantada no País inteiro: "Me dá um dinheiro aí".


               Moacyr sentiu então que também agradava cantando e passou a investir nisto. E não houve qualquer rejeição. Suas músicas eram tocadas nas emissoras e muito bem vendidas nas lojas de discos. E uma das primeiras músicas suas que "estourou" foi esta que aparece no vídeo desta postagem: "SUAVE É A NOITE", uma bem feita versão de "Tender is the Night". 
            Mas junto com ela vieram outras canções, como Pobre Elisa,   Doce Amargura,  Eu te darei bem mais,  Caminhando na Garoa,   Eu nunca mais vou te esquecer  e dezenas de outras, sempre uma mais  linda do que a outra.






  










        Moacyr sentiu realmente o gosto do sucesso.  Não é a toa que ele disse uma vez: "Já fui o rei do Brasil. Se hoje eu for o bobo da corte já está bom demais."   Ressalta sempre sua satisfação de terminar como começou, trabalhando como comediante.

       Pelé agradece,    E tu te vais,  Dias de Formatura,  Seu amor ainda é tudo,  Se eu não puder te esquecer e  a  Balada Número Sete, feita por ele para homenagear Garrincha, foram algumas das outras canções interpretadas ou compostas por ele no auge da sua carreira. Em 1978, seu sucesso "Turbilhão" foi a música mais tocada no carnaval.















       Um sério acidente automobilístico que sofreu na década de 70, e logo em seguida um AVC, prejudicaram decididamente a carreira de Moacyr que, mesmo voltando a trabalhar normalmente, não  conseguiu recuperar a imensa popularidade que sustentava.
                         Como apresentador de programas, Moacyr também mostrou incrível eficiência, inclusive na revelação de artistas, como Isabela Garcia, Guto Franco, Carla Daniel, Nizo Neto e  Rosana Garcia, todos surgidos no Programa "Moacyr Franco Show".   Também apresentou "Pequenos Brilhantes", "A Mulher é um Show",  "Concurso de Paródias" e Moacyr TV.



     MOACYR DE OLIVEIRA FRANCO, cantor, compositor, ator, humorista, apresentador de televisão e produtor,  é mineiro de Ituiutaba e hoje, aos 78 anos, ainda pode ser visto semanalmente, no programa Praça da Alegria, comandado por seu amigo Carlos Alberto Nóbrega no SBT, interpretando Jeca Gay, um caipira afrescalhado e muito engraçado. Está aí um homem que encerra sua vida com honra.
















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