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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

O jogo mais emocionante da Copa


O gol de Schürrle abriu o caminho
     Pode não ter sido o melhor jogo em termos técnicos.  Mas em matéria de emoção não vi nada melhor do que este jogo em que a Alemanha venceu a Argélia, na prorrogação, por 2 a 1, se classificando para enfrentar a França nas quartas-de-final da Copa do Mundo.  Foi mesmo de arrepiar.
       Minha primeira alegria foi ter acertado na opinião emitida logo no começo deste Mundial, quando escrevi aqui no Blog que a Argélia era a melhor entre as equipes africanas. Me espanta ver o progresso que este país de apenas 52 anos de existência já alcançou no futebol.
       Também me deixa satisfeito ver a Alemanha permanecer na competição. Convenhamos, uma Copa sem Itália, sem Inglaterra, sem Portugal, sem Uruguai e também sem os alemães estaria se transformando num torneio que jamais poderia ser chamado de "Copa das Copas".

                                        Com esse gol, Özil garantiu a vitória germânica
        Mas o que realmente me alegrou mais foi ver tanta emoção rolando no futebol, que sempre precisou dela para levantar a plateia de todos os cantos. Foi um jogão, mesmo com a inconteste superioridade germânica. Apesar disto o jogo esteve aberto em todos os cento e vinte e tantos minutos.  Acabavam as reservas físicas, mas sobrevivia a garra, a vontade vencer, a hombridade. E renascia a coragem. Uma partida como está, só honra e dignifica ainda mais a história do futebol mundial.
        Nos 90 minutos não tivemos gols, mas quantas emoções vivemos ? Os goleiros M'Bolhi (Argélia) e Neuer (Alemanha) trabalharam duro, fizeram grandes defesas e praticaram verdadeiros milagres. Especialmente o africano. Que goleiro notável é esse tal de Raïs M'Bolhi (foto). Os gaúchos que estiveram esta tarde no Beira-Rio mais se esquecerão deste negro alto, forte e ágil. Nem sei se temos um goleiro deste nível atuando no nosso Campeonato Brasileiro.
       E até o Brasil esteve bem representado na partida, porque foi muito boa a atuação de Sandro Meira Ricci na arbitragem. Com elegância e absoluta concentração, ele se impôs dentro do campo. Arrisco a dizer que, se a Seleção brasileira não chegar à decisão desta Copa, Sandro terá grande chance de apitar a final.
        Os gols de Schürrle e Özil para a Alemanha, e de Djabou para a Argélia foram todos marcados na prorrogação, o que comprova que a emoção esteve presente do primeiro ao último minuto desta inesquecível partida que, daqui a dez ou vinte anos, estará sendo mostrada pela televisão, como um dos grande momentos da história do Campeonato Mundial de Futebol.
                                       O gol de Djabou premiou a bravura dos argelinos

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