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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um lindo encontro, lá no céu

       Hoje quero homenagear um grande amigo, e que foi o responsável maior por eu ter me tornado um jornalista. José Augusto Viegas foi quem descobriu minha vocação. Através dele, cheguei até a Folha de Londrina, onde iniciei minha carreira, em 1971. Ele já estava na Folha há um bom tempo, sempre muito respeitado por sua competência e, sobretudo, por sua imparcialidade. "Paixão é para torcedor, eu sou jornalista" - costumava dizer. Me ensinou muita coisa.
        Zé Augusto transferiu-se anos mais tarde para Campo Grande, onde deu sequência a sua carreira, na TV Morena. E foi lá que ele morreu muito cedo, aos 51 anos, vítima de um enfarto, em 1994. Até hoje sinto saudade da sua presença.
       Mas vejam como as coisas acontecem na vida. Moro no Jardim Petrópolis e, três casas próximas à minha, existe uma casa de apoio aos idosos. Uma ótima casa, por sinal. Pois foi passando por ali diariamente, que eu tive minha atenção despertada para um velhinho que estava sempre ali, quietinho na sua cadeira, apenas esperando o fim da vida chegar. Logo descobri que aquele velho homem era Jayme Viégas, o pai do jornalista Zé Augusto Viegas. Ainda tentei conversar com ele, mas o Mal de Alzheimer já havia tomado conta de sua linda cabeça branquinha. Passei então a conversar com os enfermeiros, que me falavam sobre a situação do seo Jayme. Até que um dia ele sumiu. Perguntei aos atendentes da casa e eles me contaram que ele havia sido internado, porque não estava bem. Rezei por ele.
         Hoje cedo, li no jornal de Londrina que seo Jayme Viégas morreu, aos 95 anos. Estou agora imaginando o reencontro de José Augusto Viégas com seu velho pai. Deve ter sido um lindo encontro. Que estejam em paz !

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